Protesto vira rotina no Fazendão

Primeiro, a invasão ao centro de treinamentos planejada pela torcida organizada Bamor, no dia 12 de junho. Em seguida, a entrada da mesma torcida nos vestiários do Jóia da Princesa, em Feira de Santana, após o empate por 2×2 com o Bragantino, dia 25 de julho. Exigiram uma conversa com o elenco e conseguiram, quatro dias depois. Cobranças e protestos, mas tudo na base da conversa, apesar do histórico de violência da maior organizada do clube. Ontem, mais uma manifestação.

O terceiro ato no período de dois meses, agora orquestrado pela Terror Tricolor e marcado por rojões, pedras e até uma galinha no local que, ironicamente, se chama Fazendão. Dessa vez, a diretoria não precisa reafirmar que não arreda o pé do clube a menos que isso seja escolhido na eleição de dezembro. O outro diferencial é que o foco dos protestos mudou. Saiu da diretoria direto aos jogadores e comissão técnica, para espanto do meia Caio, que acaba de ser regularizado e pode enfrentar o Fortaleza, sábado.

Quieto e sentado num muro do Fazendão, Arturzinho resmungava após a chegada da polícia, ontem à tarde. “É brincadeira, meu Deus! Tem alguma coisa errada”. Era o retrato da perplexidade, logo depois mostrada em palavras pelo zagueiro Alison. “Isso é o cúmulo do absurdo”. Reunidos após o incidente, jogadores e comissão técnica decidiram não falar do assunto ontem, até esfriar a cabeça.

O presidente Petrônio Barradas declarou à Rádio Sociedade AM, ontem, que há “uma parcela de culpa de quem incentiva essa massa acéfala”. Mais tarde, divulgou em nota oficial no site do clube que os treinos passam a ser fechados aos torcedores.

Promotor marca terroristas

O Ministério Público do Estado (MPE) promete punição aos protagonistas da invasão ao Fazendão assim que confirmar a participação da torcida organizada Terror Tricolor no incidente. O promotor José Renato Oliva solicitou as imagens registradas pelas emissoras de TV presentes e aguarda as fitas para iniciar as providências.

Não terá dificuldade para provar a participação em peso da Terror Tricolor, já que a maioria dos 50 membros usava camiseta ou casaco com o nome e a marca da torcida. Oliva só não adianta quais são os próximos passos. “Não posso, até porque não vi as fitas. Vou ver amanhã (hoje) e conversar com o promotor Nivaldo Aquino. Sendo constatado que foi uma coisa organizada, e não duas ou três pessoas isoladas, posso garantir que medidas vão ser tomadas”.

Os promotores José Renato Oliva e Nivaldo Aquino são membros da comissão estadual de combate à violência nos estádios, criada em setembro de 2006. Oliva integra também a comissão nacional. Informaçóes do Correio da Bahia
Ninguém é doido de bater palmas para atitudes como essa, os atos visto ontem no fazendão deve ser reprovado por todos e o comentário do Gusmão foi perfeito. O que eu não posso aceitar é que o fato seja tratado como algo isolado. O peixe podre está sendo vendido na mídia como o Bahia estivesse no paraíso e um bando de vagabundos resolveram estragar a festa, não, não é bem assim não.

O torcedor do Bahia vêem sendo agredido há anos pelos homens que dirigem o clube, o torcedor do Bahia vêem sendo desrespeitado, sendo submetidos a humilhações de toda ordem e tipo sem que ninguém da grande mídia tomem as suas dores, estes mesmos torcedores já tentaram mudar o quadro através de atitudes civilizada como foi a passeata e outras manifestações sem sucesso algum.

O Atual presidente do Bahia também já usou da violência físicas em nome do Bahia quando invadiu o campo de jogo e agrediu com pontapés um arbitro de futebol numa partida oficial do campeonato brasileiro levando o clube a perda de mando de campo num passado não muito distante, então ele deve saber o que é desespero e logo tem que pensar duas vezes quando resolve taxar os torcedores de vagabundos

Os fatos lamentáveis de ontem não é um fato isolado repito, não é obra do acaso não, os fatos são consequências de outros atos de violência que por sua vez é tratado pela imprensa como fracasso administrativo. Que estes fatos sirvam de alerta de exemplo ou até mesmo de aperitivo para o que pode acontecer no futuro caso o Bahia não mude sua cara ( Luiz Mendonça Filho)

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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