Torcedores do Bahia xingam diretor de futebol no Fazendão

Cerca de 80 representantes da torcida organizada Bamor compareceram na tarde desta terça-feira (29) no Fazendão a fim de se encontrar com o técnico Arturzinho e os jogadores do Bahia. Estiveram reunidos por aproximadamente uma hora, os três representantes da torcida: Jorge Santana, Júlio Bacellar e Cristovão Contreiras. O restante dos torcedores ficou nas arquibancadas cobrando melhores resultados, exigindo a saída de alguns jogadores e ouvindo as desculpas do grupo.

O técnico Arturzinho também falou a respeito do que tirou de importante e produtivo da reunião desta tarde. “Fiquei muito feliz com esta reunião. Foi uma coisa pacífica e bastante importante para nossa relação com a torcida. Pedimos para eles mudaram de posição no Jóia da Princesa, porque atrás do banco de reservas ficam uns caras que só fazem sacanear com a gente e já deixam os atletas nervosos antes mesmo de entrar em campo”, declarou. Sobre os jogadores cobrados pelos representantes da Bamor, Arturzinho foi ríspido e manteve suas convicções. “Querem colocar o Emerson Cris como bode expiatório. O problema do Bahia não é o Cris. Enquanto eu achar que ele está bem, eu não tiro. E se eu quiser tirar, eu não tenho quem colocar. Os caras estão machucados e aí fica complicado”.

Após a reunião o presidente da Bamor, Jorge Santana, deu suas impressões sobre o encontro. “O bate papo foi produtivo. Nós sabemos que Arturzinho não é o maior culpado. Até um menino de dois anos sabe que é a diretoria. Mas os erros que Artur vem cometendo não podem ser deixados de lado”, contemporizou. Porém, o teor da reunião acabou sendo principalmente de apoio. “A estrutura do clube não é adequada. O campo não existe, a academia não existe, os salários nunca ficam em dia e ainda tem a questão de Feira de Santana. Aquilo tem uma áurea ruim, além do campo e da distância”, criticou. Sobre prováveis ações para ajudar o clube, Santana criticou o marketing tricolor. “Já que no Bahia não existe marketing, a Bamor vai fazer alguma coisa. Vamos procurar parcerias para levar pelo menos 10 mil pessoas já na próxima partida. Além de correr atrás para pagar bicho aos jogadores”.

Os torcedores da torcida organizada Bamor que não participaram da reunião ficaram nas arquibancadas incentivando os jogadores que disputavam um coletivo. Mas a atenção dos cerca de 80 torcedores foi desviada para a área onde estava localizado o diretor de futebol Rui Aciolly e o supervisor de futebol Roberto Passos. Separados apenas por uma grade os torcedores não se contiveram e começaram a ofender os dirigentes com gritos de guerra impublicáveis. Visivelmente sem graça, Rui apenas abaixou a cabeça e chegou a temer uma possível invasão dos torcedores. Sorte do dirigente que um dos lideres da Bamor, Júlio Bacellar, veio para tirar os associados para evitar maiores conseqüências. Essas informações são do Jornalista Eder Ferrari do Bahia Noticias

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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