Se o futebol fosse apenas números, na partida deste sábado, entre Sport e Vitória, o Leão de Recife já entraria em campo com dois pontos de vantagem sobre o baiano. O primeiro é a empolgação do time pernambucano jogando na Ilha do Retiro. No caldeirão rubro-negro, apenas o Central e Náutico saíram da casa do Sport com pelo menos um empate, nos últimos 17 jogos. O adversário do Vitória não conhece derrota no seu solo desde o dia 28 de outubro de 2007, quando perdeu para o São Paulo, por 2 a 1, pela Série A do ano passado.
Depois deste tropeço, ninguém conseguiu bater o Leão do Retiro. Cruzeiro, Brasiliense, Internacional, além de Palmeiras, por duas vezes, foram presas fáceis no caldeirão. Apenas a Raposa não saiu de Pernambuco com mais de um gol negativo na bagagem. O Verdão, por exemplo, levou 3 a 1 no final do Brasileirão de 2007, além dos 4 a 1 pela Copa do Brasil deste ano.
Outro ponto para o Sport é o jejum do Vitória em Recife. Pela Série A, o predador baiano nunca venceu seu rival de logo mais. Mas também o Leão daqui não fez tão feio. Dos sete confrontos lá, o bicampeão baiano empatou três e perdeu quatro.
O único triunfo baiano não deixou de ser uma derrota. Difícil de entender? Foi nas semifinais do Campeonato do Nordeste de 1999. No tempo normal, Sport venceu o Leão por 1 a 0. Porém, como o Vitória havia vencido a partida de ida, o duelo foi para disputa de pênaltis. Aí sim os baianos triunfaram, aplicando 4 a 2 no desempate. Mas a estatística também dá uma força de ânimo para a Toca. O Vitória não sabe o que é perder para os pernambucanos desde 1998.
Confiança – Entretanto, enquanto o Sport se apega nos números, o elenco do técnico Vágner Mancini utiliza o dito popular para tirar vantagem. A frase da vez no Barradão é “Tabu existe para ser quebrado”, como o próprio técnico Vágner Mancini assegurou. “Espero acabar logo com este tabu. Em 2006 fui jogar lá treinando o Paulista e o Sport também estava um longo período sem perder dentro de casa. Mesmo com muitas dificuldades, acabamos vencendo o jogo. Claro que agora é diferente. São mais de seis meses sem perder. Mas não será nada mal dar a primeira vitória do Vitória na Ilha do Retiro”, profetizou.
Desta fez, o Leão leva pouco mistério para Pernambuco. Se correr tudo bem ou o comandante não resolver trocar toda a formação trabalhada durante a semana, apenas uma vaga será definida minutos antes da partida. Jackson e Ricardinho vão se virar para assegurar a única brecha na equipe. Segundo Vágner Mancini, a escolha pode influenciar entre o poder ofensivo ou defensivo. “É minha única dúvida. O Jackson dá mais marcação no meio, enquanto Ricardinho é um atleta com mais habilidade e que puxa bem o time pra frente, mas que tem deficiência na marcação”, finalizou. Com informações da A Tarde
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