Ramon Menezes foi o líder que o time precisava no Ba-Vi

Ele não foi o melhor jogador em campo, mas além de ter marcado o primeiro gol do clássico de ontem em Feira de Santana, o meia Ramon Menezes exerceu a função do líder, dentro de campo, que o time do Vitória precisava. Com sua larga experiência no futebol, o capitão Ramon chamou para si a responsabilidade da partida, catimbou, soube provocar o adversário, foi um verdadeiro guerreiro, algo que faltou à equipe no primeiro clássico do quadrangular decisivo do Campeonato Baiano.

Logo depois da derrota na semana passada por 4 a 1, em pleno Barradão, foi Ramon Menezes o porta voz da equipe. “Eu tenho vergonha na cara. Meu sentimento é de completa vergonha. Mas vamos mudar isso. Aqui tem homem”, desabafou o jogador um dia depois da goleada.

E quem viu Ramon em campo ontem, teve certeza de sua importância para a equipe. Foi ele quem controlou os nervos de seus companheiros. Foi ele também quem fez estourar a paciência dos adversários. Seu principal marcador, o volante Fausto, depois de ter o supercílio partido, não suportou a pressão durante todo o jogo e acabou sendo expulso.

Como se diz na filosofia popular, na gíria do futebol, Ramon Menezes jogou o clássico de ontem contra o Bahia com “sangue no olho”. Peitou o árbitro Manoel Nunes Lopo Garrido e até discutiu rispidamente, tirou a tranqüilidade do técnico do Bahia, Paulo Comelli, à beira do campo, quando o adversário pressionava em busca do seu gol. Comelli também foi expulso.

Enfim, Ramon foi um verdadeiro líder. Quando preciso, agiu como técnico, orientando o grupo, exigindo atenção, marcação. Como jogador abriu o placar do Ba-Vi, e usou sua experiência para psicologicamente conduzir o jogo dentro dos interesses do seu time.Vitória vai tentar

O Departamento Jurídico do Vitória não irá usar nenhum tipo de estratégia para adiar o julgamento do artilheiro Rodrigão. O jogador está na pauta de reunião da 1ª Comissão Disciplinar do TJD – Tribunal de Justiça Desportiva da FBF, incurso no artigo 255 do CBJD – Código Brasileiro de Justiça Desportiva – praticar ato de hostilidade contra o adversário, com pena de um a três jogos, pela expulsão no jogo contra o Vitória da Conquista, pelo quadrangular final.

O advogado do Vitória, Manoel Machado, reuniu provas, vídeos de algumas emissoras de televisão do jogo com o Vitória da Conquista e garante que vai provar aos auditores do TJD da FBF, que Rodrigão foi injustamente expulso pelo árbitro da partida, José Lúcio. “Não houve nenhum tipo de hostilidade, de agressão, não houve nada, além de uma dividida de jogada, dura, que justificasse a expulsão do jogador do Vitória”, afirmou o advogado, que vai lutar pela absolvição do seu jogador, que é réu primário, e mesmo que venha a ser suspenso, pega no máximo um jogo de punição, compensando a automática, o que garante sua presença no jogo contra o Itabuna.Tribuna da Bahia

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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