Mais uma vez a segurança dos torcedores baianos será colocada em pauta. Como sempre acontece nas vésperas dos Ba-Vis, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) está promovendo um encontro para discutir medidas para evitar a violência no clássico. Representantes da Polícia Militar, do Ministério Público, dos clubes, e das torcidas organizadas, estarão reunidos a partir das 10 horas de hoje no Quartel da Polícia Militar, no Largo dos Aflitos.
As reuniões na tentativa de evitar a violência nos Ba-Vis já viraram rotina. De acordo com a FBF serão discutidas hoje alternativas e apontadas soluções para evitar conflito entre as torcidas. Uma maneira de demonstrar a crescente preocupação com a rivalidade entre a Bamor e Os Imbatíveis.
Os representantes das duas torcidas se eximem de culpa. Afirmam não ser possível controlar a atitude de todos os membros da torcida. Pregam acima de tudo a paz. No entanto, basta prestar um pouco a atenção para os cantos nos estádios para entender que o clima não é nem um pouco ameno entre as duas maiores torcidas organizadas do Estado.
Além dos presidentes das duas torcidas, estarão presentes ao Quartel da Polícia Militar o presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues, o coronel Josué Alves Brandão (Coordenador de Operações da Polícia Militar), o coronel Eleotério (chefe do Comando de Policiamento da Capital), os promotores Nivaldo Aquino e Renato Oliva (membros da Comissão de Combate à Violência nos Estádios) e dirigentes das quatro equipes que estão no quadrangular final do Baiano.
O encontro acontece depois de o Ministério Público ter fechado o cerco contra as torcidas organizadas. Em uma reunião realizada na sede da entidade no dia 1º de abril, ficou decidido que todas as agremiações deveriam enviar seus documentos e a ficha de seus integrantes para o MP. Além disso, foi proposto na época que as camisas dos membros das torcidas deveriam ser numeradas. A decisão foi contestada na época, mas ganhou força depois que a Polícia Militar encontrou uma pistola 765 e um revólver calibre 38 no ônibus da A?Bamor que viajou para Vitória da Conquista. O dono das armas não foi encontrado. A torcida divulgou uma nota acusando a imprensa de “usar nossa potência para adquirir fama tentando difamar nossa imagem perante a sociedade”.Com ou sem a participação das torcidas organizadas, o certo é que no ano passado, dois torcedores foram vítimas da violência. O pedreiro Luiz Carlos Pereira, 41 anos, e o aposentado Pedro Sales Silva, 43, foram assassinados em um Ba-Vi no Barradão. Pereira, torcedor do Vitória, recebeu um soco na entrada do estádio e acabou falecendo. De acordo com a Polícia Civil, o acusado do crime já foi identificado, mas encontra-se foragido.
Já o torcedor do Bahia, Pedro Sales Silva, foi assassinado na BR-324. Ele voltava para casa na companhia de mais dois amigos quando, segundo testemunhas, quatro pessoas com calção da torcida Os Imbatíveis desceram de um Palio vermelho. Deficiente, Silva não conseguiu fugir, como seus amigos, e foi apedrejado, deixando dois filhos.Por Raphael Carneiro
| ► Em Conquista PM proíbe venda de bebidas em lata e garrafa nas arquibancadas |
 |
| O comandante do 9º BPM, Ten. Cel. Inácio Paz de Lira Júnior, encaminhou ofício nesta quarta-feira, 16/4, ao presidente do ECPP Vitória da Conquista, informando que estará proibida a comercialização de bebida em lata e garrafa (cerveja, refrigerante ou qualquer outro tipo de bebida) nas arquibancadas do Estádio Lomanto Júnior, nas partidas contra o Itabuna e Vitória, dias 20/4 e 1/5 respectivamente. Segundo o comandante, a medida foi tomada por medidas de segurança, já que, em outras partidas foi constatado que alguns torcedores arremessaram latas em direção a outras pessoas provocando ferimentos leves e brigas. Além disso, esse procedimento será tomado em outras praças esportivas no estado como forma de garantir o melhor andamento dos espetáculos. Quem for flagrado comercializando ou portanto latas ou vasilhames de vidro nas arquibancadas do estádio, serão detidos e conduzidos para fora do estádio. |