Em jogo sonolento, Bahia vence o Flamengo-BA por 2 a 1

Em duelo inédito pelo Campeonato Baiano, Bahia e Flamengo de Guanambi se enfrentaram na Arena Fonte Nova na noite desta quinta, em jogo com gols apenas no primeiro tempo. Mas antes de falar do baba, gostaria de tentar entender o porque da saída de Robson para entrada de Éder, sendo que as falhas nos gols da Juazeirense foram de Gustavo e da ‘avenida’ João Paulo. Vamos ao jogo.

O Bahia começou pressionando, meio desorganizado, é verdade, mas mantendo a posse de bola e trocando passes em busca do gol, porém, esbarrou na esperada retranca do Flamengo que entrou em campo bem fechado, marcando forte e individualmente. Mas não demorou para o Esquadrão furar o ferrolho do time de Guanambi. Aos 19 minutos, Hayner recebeu belo passe de Zé Roberto na direita, trombou com o zagueiro, se reequilibrou e mandou um balaço para o fundo das redes.

O gol desestabilizou a defesa do Beija-For do Sertão e dois minutos depois veio o segundo com o oportunista Hernane, sempre ele. O Brocador recebeu cruzamento de João Paulo da esquerda e de canhota mandou de bate pronto sem chances para o goleiro Léo. Gol digno de camisa 9. 20 minutos de jogo, 2 a 0, logo pensei “lá vem goleada”. Me enganei. O Bahia não aproveitou a fragilidade do adversário, diminuiu o ritmo e a defesa voltou a cometer os velhos erros de sempre. Aos 27, a zaga bateu cabeça e o Flamengo diminuiu com Fábio Azevedo, livre na grande área, e poderia ter igualado o marcador se não tivesse parado duas vezes no goleiro Marcelo Lomba.

Para o segundo tempo, Doriva resolveu mudar. Saiu Paulo Roberto, que até o momento não mostrou a que veio, e entrou Rômulo. Um jogador de marcação por um de criação que, diga-se de passagem, não apresenta um bom futebol há muito tempo. Jogo continuou morno, o Bahia até ganhou em toque de bola com a alteração, mas seguiu apático e sem criatividade. Hernane, que necessita que a bola chegue para ele, por vezes saía da área para buscar jogo. 

O técnico Doriva mexeu novamente para tentar dar mais velocidade e dinâmica ao time. Zé Roberto e o apagado Edigar Junio, que se tocou na bola cinco vezes foi muito, deixaram o campo para as entradas de Jeam e do estreante Cristiano de apenas 17 anos, um dos destaques do Bahia na Copa São Paulo. A partida seguiu em ritmo de ressaca de carnaval, sonolento, entediante, uma chance aqui outra ali, mas sem fortes emoções e ficou nisso mesmo. Bahia 2×1 Flamengo de Guanambi. Com o triunfo, o Tricolor manteve 100% de aproveitamento e assumiu a liderança do Baianão. 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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