“Não vamos mais jogar no Barradão. Agora, só faltariam três jogos até a reinauguração de Pituaçu. Antes, faltavam 13 e o Vitória não aceitou. Como eles ganhariam R$ 4,6 milhões com o acerto, nós reivindicamos algo que também viesse a nos favorecer, mas não houve acordo”.
Com esta declaração, concedida ao Jornal A Tarde, o presidente do Bahia, Petrônio Barradas, encerrou a novela que se arrasta desde a interdição da Fonte Nova, em 25 de novembro do ano passado.
O dirigente tricolor foi categórico em suas explicações: prefere esperar mais três rodadas mandando seus jogos em Feira de Santana, a 110km da capital baiana, com um público médio de minguados 3 mil pagantes, que ajudar o rival a faturar mais de R$ 4 milhões em patrocínio da Petrobrás.
A previsão da Conder é de que o Estádio de pituaçu seja inaugurado no dia 18 de outubro, na partida entre Bahia e Corinthians.
“Negócio é negócio. Vamos continuar conversando com a Petrobras, embora agora vá demorar um pouco mais para o martelo ser batido. Se eu fosse ele (Barradas), faria o mesmo”, disse o presidente do esporte Clube Vitória, Alexi Portela Júnior.
Quem não gostou nem um pouco da decisão do Bahia foi o presidente da Federação Bahiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, que viu, pela segunda vez, frustrada a sua tentativa de intermediar um acordo entre os dois maiores clubes do Estado. “Eu administro futebol, não administro vaidades”, disparou o dirigente.
O gerente de comunicação da Petrobras, Darcles Andrade – que chegou a declarar que o acordo da estatal com o Vitória não dependia da participação do Bahia e depois se contradisse alegando esperar um “entendimento entre as partes” – desta vez preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
Veja o que diz oficialmente o Bahia
Hoje pela manhã, a diretoria do Bahia, formada pelo Presidente Petrônio Barradas, o Presidente do Conselho Deliberativo Ruy Accioly, o Diretor Financeiro Marcus Souza e o Diretor Administrativo Marco Costa, reuniu-se com muita honra com o Presidente da Federação Bahiana de Futebol, Dr. Ednaldo Rodrigues e o Diretor Técnico Wilson Paim, para tratar da possibilidade do Bahia mandar três dos seus jogos no Estádio Manoel Barradas.
O Bahia apresentou suas proposições em relação ao assunto, expondo o que o clube almejava como benefícios, para atuar neste curto período no Estádio do Esporte Clube Vitória.
Muito receptivos e atenciosos, os dirigentes da FBF levaram a proposta do Bahia para ser analisada pelos representantes da Petrobrás, que estão conduzindo as negociações com a diretoria do Vitória.
A Petrobrás alegou que, no momento, não haveria a possibilidade de fazer um novo investimento para o Bahia, já que esta negociação necessitaria de tempo para ser finalizada. Para o Bahia atuar no Barradão, contra o Ceará, próxima partida com seu mando de campo, o acordo entre as partes tinha o prazo de ser concluído até às 17h:00 desta terça-feira.
Em virtude da resposta da empresa, demonstrando que não pretende investir no Bahia, apenas no Vitória e restar somente duas partidas em casa, até a inauguração do Estádio Metropolitano de Pituaçu, a direção do Bahia decidiu que não irá atuar no Manoel Barradas.
Com isso, o Jóia da Princesa será o mando de campo tricolor até a conclusão das obras do Estádio Roberto Santos.
Toda a diretoria do Bahia e a Nação Tricolor confiam no prazo estabelecido para a entrega do Pituaçu, por parte do Governador Jacques Wagner e todo o seu secretariado, que estão focados e empenhados para concluir a obra do estádio até a partida Bahia x Corinthians, no dia 18 de outubro.Confira os jogos da série B desta terça-feiraCeará 1 x 1 Paraná
CRB 0 x 2 Bragantino
Marilia 2 x 0 Santo André
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