Em entrevista aos canais “Sou Mais Bahia” e “Bara Bahêa“, na noite desta quinta-feira (14), o agora ex-presidente Guilherme Bellintani fez um balanço de sua gestão, que durou seis anos (2018 a 2023), com altos e baixos. Ele admite que o Bahia poderia ter sido mais competente no futebol, porém, disparou que é injusto dizer que sua gestão foi um fracasso no futebol. Bellintani lembrou que o Bahia disputou três finais de Copa do Nordeste em seis anos, sendo campeão em 2021, e conquistou um tricampeonato baiano, além de ter alcançando o 10º lugar no ranking da CBF em certos momentos.
“Não vou discutir que a gente podia ter atingido um patamar melhor no futebol, eu não tenho a menor dúvida que a gente foi menos competente no futebol do que poderia ser, mas fazendo análise histórica, e eu tenho que fazer análise histórica, é injusto dizer que fomos um fracasso no futebol, é injusto, porque eu vou fazer análise histórica. Quais foram os momentos da história em que durante um período de seis anos o Bahia permaneceu cinco anos na Serie A? É muito raro isso, não era uma coisa muito comum nos pontos corridos. Mesmo na década de 90 ali, não me lembro exatamente, mas, a gente convivia muito com o perigo o tempo todo. De 88 para cá, é o melhor momento de futebol do Bahia. Alguém tem dúvida disso?”, disse.
“A gente, quando assumiu o clube em dezembro de 2017, o Bahia não estava entre os 20 clubes do Brasil no ranking da CBF. A gente era o vigésimo primeiro. A gente encerra a gestão e é o décimo terceiro, tendo atingido o décimo lugar ao longo da gestão. No rebaixamento a gente perdeu força, sendo que o ranking da CBF é o critério mais objetivo e bem feito que a gente tem no futebol brasileiro. Não sou eu que estou dizendo que o Bahia foi bem e foi mal, o Bahia é o 13º clube do futebol brasileiro hoje em resultados esportivos nos últimos cinco anos”, completou.
Bellintani frisou que o Bahia vive seu melhor momento esportivamente desde 1988, e lembrou que na sua gestão, o time chegou nas quartas de final da Sul-Americana duas vezes, e umas delas sendo garfado nos dois jogos contra o Athletico-PR, que sagrou-se campeão.
“O Bahia foi tricampeão baiano, acho que talvez 30 anos não era, nós estivemos em três finais de Copa do Nordeste dos seis anos, e final meu amigo, final quem está ali é para perder ou para ganhar, ganhamos um e perdemos duas. Nós estivemos em duas quartas de final da Copa do Brasil e estivemos nas quartas de final da Sul-Americana que fomos eliminados injustamente, duas vezes. Contra o Athletico, a gente foi eliminado para o time que se tornou campeão da Sul-Americana e nós fomos garfados, tanto no jogo da Fonte Nova quanto no jogo de volta. Então assim, a história poderia ter sido escrita de forma diferente se a gente fosse campeão da Sul-Americana em 2018. Vocês estariam dizendo que eu fui presidente que ganhou o maior título depois de 1988. A história não quis isso”, disse.
“A história nos impôs diversos erros ao longo desses seis anos. Principalmente acentuados nos anos 2020 e 2021. Não tenho dúvida disso. E repito, para dizer novamente o que eu disse no começo. Eu não tenho dúvida que a gente podia ter sido melhor no futebol. Mas se a gente traz a expressão que poderíamos ter sido melhor no futebol, é porque a torcida confiava em nós que a gente conseguisse trazer para o futebol a mesma dimensão da qualidade administrativa e de gerenciamento que a gente trouxe para o resto do clube, os outros setores do clube.
“Qual foi a visão mais frágil da minha gestão? O futebol. Onde eu mais tinha expectativa e não conseguia atingir? O futebol. Que é a alma do clube. Porém, é injusto a gente dizer que nós fomos um fracasso no futebol. Que Bellintani foi péssimo. É injusto. Por um motivo muito óbvio, nós vivemos nos últimos seis anos o melhor momento esportivo do Bahia dos últimos 30. Se alguém pensar diferente, tem o direito de pensar diferente. Me diga aí, quais foram os outros seis anos que a gente viveu melhor do que esses últimos seis?”.
