Dois fatos chamaram a minha atenção nos dois últimos jogos que o Bahia realizou fora de casa. Na verdade, foram duas declarações que mostraram o quão atento os adversários estão na forma de jogar do Bahia. Uma do técnico do São Caetano, que enalteceu os laterais Ávine e Jancarlos. E outra declaração de um jogador do Figueirense, quando o mesmo afirmou que para vencer o Bahia, era preciso anular as laterais do tricolor, caso contrário, as chances eram muito poucas.
Nesse momento, nossa porção técnico surge. Penso que quando Jancarlos não joga, o Bahia perde menos se entrar com Vander, jogador que gosta de ir na linha de fundo e funciona como um ponta direita, prendendo mais a defesa adversária e evitando sobrecarga de trabalho no lado direito de defesa, fragilizada pela saída de Jancarlo. Foi assim contra o Sport, na Ilha. Arilton não comprometeu porque Vander caiu muitas vezes pela direita. Mas tudo bem. Rendo-me à posição de torcedor, até porque confio no trabalho de Márcio Araújo.
Mas existem dois fatores muito fortes para termos grandes esperanças. Um fator é o técnico Márcio Araújo, que terá a oportunidade de colocar em prática todo seu conhecimento do futebol. O cara tem visão e tenho certeza que deve estar atento a tudo isso, até porque Jancarlos não é o único desfalque, mas também Bruno Octávio, outro grande jogador, com boa qualidade no passe.
O segundo fator diz respeito à motivação. Os jogadores do Bahia sabem e entendem que a série A está muito próxima. Temos quatro jogos em casa que podem decidir o acesso do tricolor de aço à elite do futebol. Soma-se a isso, a torcida fiel e fanática, que não faltará com o time nas últimas rodadas.
Cada jogo é decisivo e acreditar é preciso. Não podemos entrar na onda de desconfiança por causa da derrota contra o Figueirense. Esse jogo ficou para trás. Temos outros mais importantes para nos preocuparmos. Vencer o ASA, por exemplo, diminui a distância da série A. É preciso pensar em cada jogo, um por vez. Pensar que cada triunfo significa um passo à frente. E que uma derrota ou empate não pode ser encarado como fim do mundo. Eu acredito, e você? Vamos Bahêa, rumo à série A.