O baiano Ednaldo Rodrigues sofreu uma nova derrota na Justiça, na última quarta-feira, e segue afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O recurso que ele apresentou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi negado. Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, rejeitou a tentativa de derrubar decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), tomada na semana passada e que afastou Ednaldo do cargo.
Os advogados de Ednaldo apresentaram o recurso na segunda-feira e argumentaram que a decisão do TJ-RJ colocava em xeque a “organização do futebol e sua cadeia econômica”, além do risco de a entidade ser suspensa pela Fifa, impedindo a Seleção Brasileira e clubes do País de participarem de competições internacionais.
Com a decisão, José Perdiz de Jesus, então presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), permanece como interventor na entidade até a convocação de novas eleições. Ele tem 30 dias úteis para organizar eleições na entidade.
Ednaldo estava na presidência da CBF desde agosto de 2021, quando Rogério Caboclo foi afastado após denúncias de assédio. A ação que tirou Ednaldo está sendo promovida pelos ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero. Eles saíram da liderança da instituição após serem acusados de corrupção.
Com o afastamento de Ednaldo, a Fifa e a Conmebol enviaram uma carta à CBF pedindo que a confederação não faça eleição antes que uma comitiva das entidades visite à confederação em janeiro. Além disso, alegaram que não reconhecem o interventor José Perdiz como pessoa responsável pela CBF.