Vitória toma medidas internas para blindar atletas de possíveis aliciadores

"A gente já planejou algumas atividades, algumas apresentações, reuniões e palestras"

FOTO: Pietro Carpi/ECV

Nas últimas semanas, o assunto mais comentado no futebol brasileiro é sobre a Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, que investiga jogadores e apostadores envolvidos em manipulação de resultados das partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Alguns atletas investigados foram suspensos por 30 dias após determinação do presidente do STJD. Em entrevista ao portal NE45, o diretor executivo do Esporte Clube Vitória, Ítalo Rodrigues, revelou medidas internas que serão tomadas pelo clube para blindar os atletas.

 

“É um momento triste como um todo. Para todo mundo que independente de divisão e de time, vive do futebol brasileiro, e é um profissional inserido nesse contexto. Acredito que ainda vem muita coisa por ai, infelizmente. Eu só visualizo uma forma de lidar com essa situação, esclarecendo o quão isso precisa ser sanado, e nós como profissionais precisamos gerar algumas soluções”, iniciou.

“Quanto aos nossos atletas, passa pelo nosso departamento jurídico. A gente já planejou algumas atividades, algumas apresentações, reuniões e palestras para que a gente consiga expor a eles a gravidade que, infelizmente, alguns atletas tiveram a ignorância de dizer e achar que levar um cartão amarelo pode não ser uma atitude tão grave, e a gente discorda completamente disso”, completou. 

O lateral-direito Zeca, que atualmente defende o Vitória, chegou a ser aliciado quando atuava no Houston Dynamo, dos Estados Unidos (EUA). Segundo informação do jornal O Globo, que teve acesso aos registros da investigação, o atleta foi abordado por Bruno Lopez de Moura, apontado como o chefe do esquema de manipulações, e recebeu uma proposta de R$ 70 mil para para tomar um cartão amarelo. Ele respondeu que não atuaria na partida. Zeca afirmou que não participou de nenhum esquema.

“E a partir disso, o Vitória tem a mim como diretor executivo, que venho conversando muito com o departamento jurídico do clube, a fim de resguardar os interesses do Vitória, a fim de rever as multas contratuais que o clube tem hoje. Para que a gente possa estar, antes de mais nada se protegendo, mas também contribuindo com qualquer coisa que venha futuramente que possa ser necessária a nossa atuação”, completou Ítalo.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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