“Sou um treinador de processo e acredito no trabalho”, diz Renato Paiva

o treinador falou sobre a sequência do trabalho e frisou que é um "treinador de paciência".

Foto: Felipe Oliveira/Divulgação/Bahia

Bastante pressionado depois da eliminação precoce e vexatória na Copa do Nordeste, com a pior campanha da história do clube, o técnico Renato Paiva ganhou um momento de tranquilidade com a conquista do título baiano que apesar de não ter o mesmo apelo do Regional, ameniza um pouco a pressão e também os questionamentos que vinha recebendo. Em entrevista, o treinador falou sobre a sequência do trabalho e frisou que é um “treinador de paciência”.

 

“Sempre fui treinador de paciência. Não acredito no trabalho instantâneo, ainda mais com elenco novo. Se estivesse no Palmeiras com equipe feita, teria outra forma de ver o trabalho. Mas, aqui, tivemos que fazer trabalho do zero. Ficaram cinco a seis jogadores da temporada passada. E chegaram jogadores aos poucos. Sou um treinador de processo e acredito no trabalho. Há uma exigência para os profissionais do futebol. E eu estou de acordo com essa exigência. A única coisa que eu diga é: “Quem faz essa exigência?” Se cada um fosse exigente consigo no dia a dia, não haveria violência doméstica, roubos, delinquência, respeitávamos as pessoas, os animais, seriamos melhores profissionais. Eu sou do tempo que não era preciso de adesivo no ônibus para as pessoas com deficiência terem onde sentar. Não sou contra a exigência. Mas sejamos todos um pouco mais exigentes”.

“Sempre fui um treinador de processo e paciência. Não acredito de trabalho instantâneo no futebol. Se eu tivesse chegado no Palmeiras seria diferente. Aqui tivemos que fazer um trabalho do zero. Foram chegando jogadores aos poucos. No dia 11 de dezembro foi nosso primeiro treino. Se no dia 15 já tivéssemos o elenco fechado, aí não haveria alguns resultados, mas não foi assim. Há uma exigência muito grande com os profissionais do futebol. Uma exigência aos jogadores, treinadores e diretores. Eu concordo com essa exigência. Mas quem faz essa exigência é também exigente assim no dia a dia? Se existisse isso não haveria agressões, seríamos melhores profissionais em nosso trabalho, respeitarmos os animais. Eu sou do tempo que no ônibus não era preciso ter uma marca para as pessoas idosas, para as grávidas. O mundo era muito melhor. Acho que todos devem ser um pouco mais exigentes com nós mesmos”.

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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