Dirigente acentua que Atlético-GO pode ser superior ao Bahia com SAF

O presidente executivo do Dragão, Adson Batista, acredita que clube fechará com algum investidor futuramente

Foto: Arquivo Pessoal

Na luta contra o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro de 2023, o Atlético Goianiense é um dos clubes que estão na mira de investidores para se tornar Sociedade Anônima do Futebol (SAF). De acordo com o diretor administrativo do Dragão, Marcos Egídio, responsável pela transformação do clube no novo modelo administrativo, apesar do Bahia encaminhado um acordo com o Grupo City, o Dragão pode faturar bem mais que os investimentos na casa de R$ 1,5 bilhão por 15 anos.

 

“Com certeza, porque qualquer time que ficar 15 anos na Série A hoje, já tem um R$ 1,5 bilhão de receitas e patrocínios. A gente fecha caixa com R$ 90, R$ 100 milhões por ano, então já estamos no caminho”, relatou Egídio, em entrevista ao Podcast Debates Esportivos.

Segundo Marcos Egídio, a concepção de que o clube baiano tem capacidade para trabalhar com muito dinheiro é uma incógnita.

“É preciso que as regras se tornem mais claras para os grandes investidores chegarem. Quando a gente fala do Bahia com R$ 1,5 bilhão, por exemplo, isso ainda não representa ainda os investimentos que virão para o futebol brasileiro. Pode ter certeza que isso é o faturamento de um ano do Flamengo e que o Bahia nunca vai ter um time pra brigar na ponta, porque R$ 20 milhões por mês, o Bahia vai brigar com o Goiás e o Atlético para não cair, porque a gente sabe fazer gestão com pouco e talvez eles não saibam fazer gestão com muito”.

Além disso, na comparação com o acordo selado pelo Tricolor, ele relatou que  clubes sem dívidas podem lucrar bem mais nas temporadas seguintes, caso seja adotada cautela.

“Qualquer valor que for agregado a isso vai ser muito superior ao do Bahia, porque o investidor vai garantir essa receita, ele não vai colocar. O investidor não vai colocar esse dinheiro, ele vai garantir R$ 400 milhões de dívidas que vai assumir, que acredito que não vai pagar, isso vai pra uma recuperação judicial, como o Cruzeiro. Depois que abre a SAF, joga na recuperação e paga no dia que quiser. Então que tiver o recurso, pelo menos a metade do que o City tá colocando no Bahia, no final vai ter mais do que o dobro de superávit ou lucro”, explicou o diretor rubro-negro.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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