Em nota, Bahia se pronuncia após Conselho Fiscal apontar falhas do clube

Órgão publicou o exame das contas do clube no segundo trimestres deste ano

Foto – Felipe Oliveira/EC Bahia

O Conselho Fiscal do Bahia divulgou, recentemente, o exame das contas oficiais do clube no período do segundo trimestre deste ano, por meio de um documento apresentado em setembro. Nesse sentido, o ambiente figura como “preocupante”, conforme o próprio órgão. Por meio de nota, o grupo indicou a falta do recolhimento de alguns materiais. São eles: FGTS, Contribuição Previdenciária, IRRF e parcelamentos vigentes (PERSE, PROFUT e Parcelamento Ordinário). O exame ainda evidencia o “descumprimento contínuo” de todos os pagamentos citados anteriormente.

 

“Ressalta-se o elevado passivo tributário, previdenciário e trabalhista proveniente de juros e multas gerados pela falta ou atraso de pagamento dessas obrigações, além de possíveis sanções por parte dos órgãos de arrecadação”, pontua o documento.

O ex-vice-presidente do triênio entre 2015 e 2017 e ex-diretor do clube de 2018 a 2020, Pedro Henriques, mostrou insatisfação com o problema gerado pelo Conselho Fiscal. Através do seu perfil oficial em uma publicação no Twitter, ele cedeu várias críticas à atual diretoria executiva vem lidando. “O cenário é triste. Mais que isso: é vergonhoso. Já havia visto denúncias em rede social sobre o não recolhimento do FGTS, e o CF ratifica essa informação. Essa prática nós vimos no Bahia em outras épocas… O Bahia não recolheu as contribuições previdenciárias e IRRF no período e também no 1º trimestre! Isso é apropriação. Conduta tipificada penalmente!”, escreveu.

O Esporte Clube Bahia se pronunciou por meio de nota. Confira abaixo.

“O Bahia informa que já pagou R$ 20 milhões em dívidas antigas apenas em 2022 e se encontra em dia com salário, direito de imagem, acordão trabalhista, acordo do Oportunity, acordo da BWA, entre outras obrigações, e cada vez mais próximo de finalmente equilibrar as contas.

Os reflexos da pandemia e do descenso à Série B tornaram esse trabalho um desafio diário, mas o clube pode assegurar ao seu torcedor que o pior já passou.

A situação do Perse também está ajustada, sem risco. Neste momento o Bahia aguarda a compensação dos seus créditos relativos à Timemania para quitar os valores em aberto, que inclusive são superiores ao débito em questão. Os repasses, além disso, já aconteceram no dia 5 de agosto.

O cenário encontra amparo no artigo 7º do parágrafo 6º da Lei 11.345, de 14 de setembro de 2006.”

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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