A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Conmebol vão se reunir no próximo dia 22 de agosto, no Chile. Uma das pautas a serem discutidas é o encaminhamento do debate sobre as punições aos casos de racismo no futebol em torneios na América do Sul para a temporada de 2023. O mandatário busca aplicações de punições mais agudas do que apenas o pagamento de uma multa por parte do clube envolvido. Ele acredita que a perda de pontos nas disputas é possível.
“A CBF tem procurado, junto com o presidente da Conmebol, fazemos parte do conselho da Conmebol, para que ela possa acontecer de uma forma também com esse rigor que nós estamos exigindo aqui no Brasil. Isso já tem tido um avanço grande, agora no dia 22 vai haver um conselho da Conmebol no Chile e vai ser debatido esse ponto, principalmente no que diz respeito às competições que acontecerão em 2023 da Conmebol”, explicou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em entrevista ao SBT.
“O nosso desejo é que tenha punições que defendemos aqui no Brasil, que sejam punições desportivas e não são pecuniares, onde pode o clube ali resgatar e pagar e, no dia seguinte, na semana seguinte, repetir os fatos. Nós queremos que tenha punições que vão direto na pontuação dos clubes. Isso é o que nós temos defendido e que eu entendo que será sempre mais eficaz. Porque a partir daí os clubes terão também um doutrinamento no que diz respeito a dar uma cultura maior aos torcedores que frequentam os seus jogos, frequentam seus estádios, seus centros de treinamento e que, com isso, possa, com esse rigor na exigência, possa isso ficar extinto”, contextualizou.
Na temporada 2022, um grande número de casos de injúria racial em competições regidas pela Conmebol como Libertadores e Copa Sul-Americana foram notificados. Em suma, os fatos acontecem diretamente nas arquibancadas dos estádios.
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