O Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol aconteceu, nesta quarta-feira (24), por promoção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Realizado na sede da entidade máxima do futebol nacional, localizada no Rio de Janeiro, o evento sediou uma análise do presidente Ednaldo Rodrigues acerca de uma alternativa para lidar com os casos de racismo presentes nas agremiações.
“Isso é uma opinião meu pessoal, nada de autoritarismo, mas no intuito de chamar atenção para uma situação que realmente tem acontecido. Os números apresentados pelo Observatório de Combate ao Racismo são expressivos. Às vezes uma ação de tirar pontos faz com que clubes, federações e CBF façam investimentos, principalmente em campanhas educativas para que os torcedores que entrem nos estádios possam ter referências que não sejam só apenas torcer e torcer com disciplina. Vamos respeitar todo posicionamento contrário, somos democráticos, mas a CBF vai ter essa base para que as coisas possam acontecer. Isso será colocado em reuniões e conselhos técnicos de cada competição”, disse.
“É lógico que gostaríamos muito que tivesse uma aprovação, mas no caso de não ter aprovação, vamos colocar no regulamento geral de competições para que aquilo ali seja a posição da CBF. E, de uma forma democrática, tanto os Tribunais de Justiça dos estados como também o STJD e comissões de ética possam se posicionar contrariamente. Nós vamos apenas querer que isso realmente seja um marco da CBF e que se der tudo certo é um ponto inicial para que o racismo e a violência nos estádios possam diminuir”, explicou em entrevista coletiva.
De acordo com o mandatário da CBF, a proposta abrange uma metodologia democrática por parte dos dirigentes de agremiações. O tema envolve concordância e discordância por parte de gestores dos clubes.
“A gente tem conversado com dirigentes, alguns apoiam e outros discordam, porque acham que há dificuldade da identificação e da infiltração. Mas isso são situações que tem que ser colocadas para regulamentação. Portanto, essa é a opinião nossa da CBF e vamos entender conviver com os que apoiam e com os não apoiam. Isso é democracia e nós somos democráticos”, disse.
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