Na tentativa de modificar o formato de disputa da competição, as agremiações da Série C do Campeonato Brasileiro 2022 vão novamente se reunir, desta vez, no início do mês de fevereiro, para expor o projeto de alterações. Outra pauta a ser discutida será a captação de recursos com o intuito de possibilitar o campeonato e assegurar a organização de modo a viabilizar a implantação do sistema. Em entrevista ao programa BN na Bola da última sexta-feira (21), o presidente da Associação Nacional dos Clubes, Francisco José Battistotti, ressaltou o empenho em garantir recursos para as equipes.
“Nós íamos conversar agora em janeiro onde o Dr. (Jorge) Pagura (presidente da Comissão de Médicos do Futebol da CBF), até o dia 20 de janeiro proibiu reuniões presenciais na CBF em função dessa nova cepa da Covid. Agora, depois do dia 20, o presidente Ednaldo estava com a situação da Seleção Brasileira até o dia 1º. Provavelmente no dia 3 ou 4 a gente senta com o presidente Ednaldo para conversar sobre isso”, frisou.
“A gente pode adiantar e, tenho certeza que o presidente Ednaldo vai analisar mais de perto, é que hoje a transmissão da Série C é vendida para a DAZN e o custo é de R$ 20 milhões. Então, o dinheiro dos R$ 20 milhões está praticamente vendido, só que esse dinheiro é utilizado para a logística da Série C. O que vamos pedir ao presidente Ednaldo é que ele abra mão desses R$ 20 milhões para ser distribuído aos clubes e a CBF banque a logística esse ano para os clubes da Série C para que nos dê mais um ano para começar a negociar a plataforma da Série C com condição de em 2023 bancar tudo e de repente fazer como a Série B. Acho que é isso que a gente tem que entrar por esse caminho”, destacou.
Mediante a aprovação dos 20 clubes da terceira divisão no último dia 6 acerca da alteração no formato de disputa, a fase inicial do torneio contemplaria confrontos de todos os participantes se enfrentando em turno único por pontos corridos. Já os quatro últimos seriam rebaixados para a Série D, os oito mais bem pontuados continuariam o embate em um quadrangular, onde dois grupos de quatro seriam formados, e, dessa maneira, os dois primeiros colocados de cadaa grupo garantiriam o acesso à Segundona.
Conforme a ANC, essa fórmula de competição precisaria da distribuição de aproximadamente R$ 20 milhões a todos os times, uma vez que o formato atual impõe duelos regionais, que, consequentemente, reduz o custo da logística das viagens dos clubes.
“A venda do produto de uma Série depende do interesse das empresas de transmitirem os clubes, do interesse do campeonato. E essa situação de duas chaves não existem muito interesse em botar no mercado para buscar recursos. A gente hoje está imaginando que há necessidade de nós inicialmente buscarmos para a Série C, cerca de R$ 20 milhões para o campeonato para que a gente comece a tocar, distribuindo R$ 20 milhões para os clubes. Para isso, precisa ter uma condição de venda desse produto. A venda dessa produto que teria interesse das transmissões seria por pontos corridos. A gente fez uma reunião com todos e a primeira posição seria o estilo Série B, com 20 clubes, 38 rodadas e todos jogando contra todos. Só que para vender essas 38 rodadas hoje imediatamente, precisamos de R$ 40 milhões. Não dá para em dois, três meses captar R$ 40 milhões para isso aí. Então, a segunda opção foi votada pelos 20 representantes dos clubes, turno único, 19 rodadas e nós irmos tentar buscar no mercado R$ 20 milhões, praticamente líquidos para os clubes para que eles pudessem ter a sobrevivência. E ponto corrido dá mais emoção”, avaliou Battistotti.
O Vitória é o único representante baiano na Série C do Campeonato Brasileiro 2022. Além do certame, o Leão disputa ainda o Campeonato Baiano e a Copa do Brasil na atual temporada.
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