Os principais fatores que levaram o Bahia ao rebaixamento em 2021

Fatores como erros de arbitragem e falta de eficiência nos sistemas ofensivo e defensivo resultou em queda do Esquadrão de Aço para a Série B 2022

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O rebaixamento do Esporte Clube Bahia à Série B do Campeonato Brasileiro 2022 se consolidou, e de forma ainda mais trágica. No último dia 9 de dezembro, o Esquadrão de Aço acabou derrotado para o Fortaleza, por 2 a 1, de virada, e caiu para a segundona junto com Grêmio, Chapecoense e Sport. A falta de sustentação durante a competição reflete uma série de razões para a queda durante a atual temporada.

 

Acima de tudo, o fracasso no rendimento inconstante no Tricolor Baiano parte do princípio da alta rotatividade de técnicos, visto que durante este ano, três treinadores diferentes passaram pelo Bahia. Em síntese, o primeiro deles, Dado Cavalcanti, conquistou sete jogos iniciais de invencibilidade, no entanto, somou apenas 29% de aproveitamento nas sete partidas finais. Depois, a aposta no treinador estrangeiro Diego Dabove, após mais de 40 anos, culminou em mais um fracasso no clube, já que o argentino comandou o time em seis jogos e saiu com rendimento de 28%.

Pouco mais no início do ano, Dado Cavalcanti deu a largada na Série A do Campeonato Brasileiro. Apesar de faturar três triunfos nos seis jogos iniciais, o treinador foi demitido do clube por somar uma sequência de cinco derrotas e um empate.

Outro fator de suma importância trata-se da dança dos pontos perdidos contra rivais direitos na luta contra o rebaixamento. Ao longo da Série A do Brasileirão 2021, o Bahia vacilou diante do Grêmio, do Cuiabá e do Atlético-GO e Sport. No geral, somou três derrotas e dois empates nestes duelos. Ainda assim, os triunfos sobre a Chapecoense e Juventude, além do empate contra o time gaúcho, em nada surtiram efeitos positivos.

Além dos fatores citados anteriormente, a quantidade de erros da arbitragem tem uma parcela de culpa. Como resultado, em três partidas consecutivas, o Esquadrão assistiu a decisões prejudiciais da arbitragem, que foram reconhecidas pela Ouvidoria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Os jogos aconteceram diante da vitória sobre o São Paulo, do empate com o Juventude e da derrota para o Flamengo, com essa última resultando na demissão do ex-presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba.

Por fim, o desempenho dentro das quatro linhas deixou a equipe tricolor como vice-lanterna no quesito melhor defesa, ao lado do Grêmio, com 51 gols tomados, somente quatro a frente da Chapecoense. Do mesmo modo, o rendimento ofensivo ocasionou também na queda de divisão: ao todo, o Bahia marcou 42 gols, ficando na 8ª posição como melhor ataque, porém, chegou a ficar quatro partidas sem balançar as redes adversárias.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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