A diretoria do Grêmio falou demais antes do tempo, e acabou “morrendo pela boca” com a derrota para o Esporte Clube Bahia por 3 a 1 na última sexta-feira, diante de 30 mil torcedores na Arena Fonte Nova, em confronto direto na luta contra o rebaixamento. Antes da partida, Denis Abrahão afirmou que teria medo se a torcida do Bahia fosse igual a do Grêmio, que segundo ele “apoia os 90 minutos”. Após o jogo, o técnico Guto Ferreira admitiu que a provocação foi o combustível para vencer (veja aqui). O vice-presidente gremista relatou muita tristeza e chateação com o revés em Salvador.
“[Estou] Muito triste, chateado (…) O que mais me preocupou foi o estado anímico da primeira meia hora de jogo. Colocamos a palavra à disposição de todos, e vamos querer saber os motivos dessa apatia que não condiz com a história do clube. Perder faz parte do espetáculo, agora da maneira que se perde não faz. Esse não é o Grêmio que nós queremos. O torcedor gosta de um Grêmio copeiro, que sai exaurido, e isso não aconteceu”, exclamou Abrahão, após o revés.
O dirigente revelou que a diretoria gaúcha fez todo um trabalho para motivar o elenco, mas lamentou a apatia do time em campo.
“Fizemos de tudo. Que mais nós podemos fazer? Não sei. Temos que buscar forças. Eles vão ter que dizer o que está acontecendo. Tudo o que foi pedido foi feito, tudo o que podíamos fazer nós fizemos. Viemos dois dias antes, hotel maravilhoso, poltronas maravilhosas, tudo trabalhado, colocado à disposição. Começa o jogo… uma apatia geral. Estou chateado, triste, mas eu dei o meu melhor, e vou continuar até o último jogo”, lamentou o dirigente.
Abrahão garantiu que ainda acredita na permanência: “Não joguei a toalha. Tem três jogos, vamos jogar os três jogos como requer a grandeza do Grêmio, horando nossa camisa, nos dedicando, nos entregando, e acreditando ainda em uma classificação para escapar da Série B. Ficou mais difícil, são só três jogos e temos que vencer os três, mas matematicamente eu creio que seja possível”.