E.C. Bahia - Marketing, branding, football e as fuleragens que ouço

E.C. Bahia – Marketing, branding, football e as fuleragens que ouço

Ação social são atos para ajudar quem precisa. Ações de marketing visam lucro.

Fala, Nação Tricolor Hoje eu não vou falar sobre o departamento de futebol do Bahia. Vou falar sobre o clube gigante que é o Bahia, como um todo. E é importante separar bem as coisas, porque o O futebol não é um fim em si mesmo. Então, não vou xingar Clayson, nem louvar Dado por afastar Elias. O papo agora é outro.

 

Quando escrevi ‘A Lei de Gérson não colou dessa vez‘ notei que uma galera achou que eu queria emprego de assessor do presidente, porque elogiei a postura dele diante do caso Ramirez. Então, só pra lembrar algumas coisas: escrevo aqui desde janeiro de 2011, já elogiei e já bati em MGF, Schmidt, Marcelo Santana e no atual presidente, porque a mão que afaga é a mesma que apadreja” (recebam Augusto dos Anjos pelos peitos). Ah, também não quero emprego no Bahia, já tive 2 convites pra isso, mas nunca rolou, até porque o meu Condado de Brotas é longe como a porra da Cidade Tricolor. 

Quando elogiei a postura do Bahia é porque além de Torcedor e resenheiro, também sou formado em marketing e gestão esportiva, o que me coloca num “lugar da fala” diferente. É tipo técnico de sonorização que vai assistir o show com a esposa e fica olhando a posição das caixas de som.

Como Torcedor do Bahia achei sensacional quando Maracajá pegou a bola e não deixar reiniciar o jogo contra o América/RJ, enquanto o juiz não desse o gol. Estava lá na Fonte vibrando com isso, inclusive. Mas isso era futebol da década de 80, quando o time que foi Campeão Brasileiro daquele ano, entrava em campo e ficava feliz com o estádio cheio porque iria receber parte dos salários atrasados. 

Hoje o futebol mudou, e muito, como tudo. Um ato daquele levaria ao rebaixamento do Bahia. E porque as coisas mudaram é preciso falar um pouco sobre Gestão.

Disse uma vez para um dos meus professores na pós: não tem como colocar a experiência do Inter, no Bahia, porque as realidades são completamente diferentes e não temos cultura associatia. Baiano faliu um Wet´n Wild, professor. Logo depois ele entrou virou diretor de mercado do time, tentou e falhou. Porém, as coisas na gestão esportiva, precisam de prazos. Bellintani deslanchou o plano de sócios porque já encontrou uma Torcida que entendia a importância de se associar, mas tudo começou a mudar com o trabalho de Base que Avancini e Santanna iniciaram. A mentalidade da Torcida, já era outra. Já havia uma maior cultura associativa.

Então, fora de campo, Bellintani começou a apostar em ações branding, ou gestão de marca, para valorizar o Clube, nos cenários nacional e internacional. E deu absurdamente certo. O Bahia passou de R$ 109 para R$ 134 milhões, em valor de mercado, pela BDO, ainda em 2019. Só para comparar, o Bahia valia R$ 20,8 milhões quando comecei a escrever aqui pro site, quase metade do valor do ex-rival. Veja matéria.

“Mas o que isso tem a ver com futebol? Eu quero ver é gol, seu Erick Cerqueira!”.

Aí cabe a pergunta: “é só você, papá?”. Todo mundo quer. Inclusive a diretoria do Bahia e seus diversos departamentos. “Mas A bola não entra por acaso“. Então vamos para algumas definições. 

Ação social são atos para ajudar quem precisa. Ações de marketing visam lucro. Marketing social é a forma como os clubes se mostram responsáveis e atentos as necessidades de onde vivem, ajudando a melhorar a sociedade, COM O INTUITO de valorizar sua marca, buscar patrocinadores e ganhar dinheiro. E para quê tudo isso? Para investir mais no time de futebol, contratar grandes reforços e ganhar títulos. 

“Ah, mas Bellintani só ganhou Baianinho, que era obrigação”. É, e não é. Obrigação ou não, o Bahia não vencia um tricampeonato baiano desde a elegância sutil de Bobô. E isso, pra mim, era uma vergonha. E bati muito no presidente atual, justamente por ele desmerecer o campeonato Estadual. Olha a ironia.

Então, amigos. Estou mais puto com o meu time que a maioria de vocês. Até porque a gozação comigo vem numa proporção gigantesca. Mas é preciso entender que time e clube são duas coisas distintas. E não podemos condenar as ações acertadas do clube, pelas coisas erradas do time. O #ForaClayson não compete com o #RacismoNunca. 

O BAHIA É GIGANTE. E agora, o mundo todo está percebendo isso. Falta o time fazer gol. Mas Ramirez tá na área e vamos brocar nessa reta final. BBMP!

Por Erick Cerqueira
Torcedor do Bahia, publicitário e pós-graduado em gestão esportiva

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Autor(a)

Erick Cerqueira

Resenheiro extra-oficial do Único TIME BI CAMPEÃO BRASILEIRO entre Minas Gerais e o pólo Norte. Pós graduado em Gestão Esportiva, publicitário, parcial, Torcedor do Bahia e pai de Thor! Twitter: https://twitter.com/ericksc_



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