Nesta terça-feira, o vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, revelou que especialistas do Ines (Instituto de Educação de Surdos) contratados pelo clube fizeram leitura labial das imagens da partida e emitiram um laudo que comprova ofensa racista de Ramírez, do Bahia, ao atacante Bruno Henrique. Ainda segundo o dirigente do Flamengo, a análise será encaminhada para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva e para a polícia. Em contato a reportagem do GE, Bruno Henrique através de sua assessoria afirmou que não ouviu Ramírez chamá-lo de negro.
O Esporte Clube Bahia, por meio de nota, diz desconhecer os laudos, os quais não teve acesso, e anunciou que contratou perícia própria para apurar a denúncia de injúria racial feita pelo meio-campo Gerson. Além disso, lamenta, além da denúncia de racismo, os casos de desrespeitos mútuos, agressividades e xenofobia – se referindo ao fato de Juan Ramírez ter sido chamado de “gringo de merda”.
Confira abaixo a íntegra da nota oficial do Bahia:
“O Bahia informa que não teve acesso a nenhum laudo produzido sobre o tema e que contratou laudos próprios para fundamentar a sua decisão, que será firme e corajosa, fazendo jus ao trabalho de combate a todas as formas de preconceito realizado há três anos pelo clube.
Além disso, lamenta que um jogo de futebol tenha transcorrido em clima tão agressivo de todas as partes, que, além da denúncia de racismo, protagonizaram desrespeitos mútuos, agressividades e xenofobia”.