O meia Rodriguinho chegou ao Cruzeiro no início de 2019, contratado por aproximadamente R$ 22 milhões junto ao Pyramids, do Egito, para ser o maestro do time celeste e com um dos salários mais elevados do elenco, porém, no segundo semestre do ano passado, o clube mineiro mergulhou em uma forte crise, deixou de pagar os atletas e acabou rebaixado à Série B no Campeonato Brasileiro. Por conta de uma lesão, o meio-campista fez apenas 22 jogos e marcou 8 gols em pouco mais de um ano na Raposa. Em 2020, atuou algumas partidas do Mineiro, mas sem receber, chegou a um acordo e rescindiu contrato antes de acertar com o Esporte Clube Bahia.
Em entrevista à ESPN, Rodriguinho contou detalhes do rebaixamento. Segundo ele, a verdadeira realidade da instituição foi escancarada após as denúncias exibidas no Fantástico, em maio de 2019.
“Eu vi a bomba toda pelo Fantástico. A partir dali é que as coisas ficaram bem claras para gente, que o clube estava devastado. Só que era uma maquiagem muito boa para todo mundo, ninguém percebia. Até então estava tudo organizado, tudo certo. A gente não estava tendo nenhum problema. A partir que saiu no Fantástico é que começou a desandar.”
De repente, o clube campeão mineiro e com boa campanha na Libertadores entrou em crise, culminada com a queda. “Foi se desenhando um cenário caótico. E aquilo ali se refletiu dentro de campo. E muito forte, porque estava todo mundo abalado com as coisas que estavam acontecendo. Daqui a pouco começou a ter problema de treinador, problema de jogador com jogador, problema de jogador com treinador… virou uma bagunça! Jogador não aceitava ficar no banco, jogava colete e saia do treino, não ia para a viagem… Virou terra de ninguém! E isso foi cada vez piorando mais.”
Para Rodriguinho, os responsáveis pelo caos no Cruzeiro são os dirigentes. “Esse ambiente ruim veio a partir da diretoria. O Mano saiu antes de explodir toda a bomba. Ele já tinha três anos de clube, já estava há muito tempo com os caras… Ficou desgastado e saiu. Mas sem problema nenhum, saiu numa boa, cabeça erguida, falou com todo mundo. Quando chegou o Rogério (Ceni), ele teve um grande problema com vários atletas que estavam lá. Começou a piorar a situação. Mais essa coisa da diretoria, salário começou a atrasar, funcionário começou a reclamar, jogador começou a reclamar de treinador e diretoria”
Rodriguinho sobre escolha pelo Bahia: ‘Apostei no projeto e paga em dia’