O Esporte Clube Bahia segue em franca recuperação na temporada e neste domingo emplacou o terceiro triunfo consecutivo ao vencer o Salgueiro, pelo placar de 3 a 0, em partida válida pela penúltima rodada da Copa do Nordeste e com gols de Artur, Fernandão e Gilberto. Com o triunfo, o Esquadrão segue na briga pela classificação às quartas de final da competição regional, porém, ainda fora do G-4, já que o CSA venceu o Sergipe. Em 5º com 12 pontos, o time de Enderson Moreira chega na última rodada para enfrentar o já eliminado Sampaio Corrêa precisando vencer e torcer por outros resultados.
Após a partida, o treinador Enderson Moreira falou sobre a atuação da equipe, mas antes teve de responder as perguntas sobre o lateral-esquerdo Moisés, um dos personagens do jogo, porém, de forma negativa. Após ser vaiado e xingado por parte da torcida, o jogador retrucou e fez gestos para as arquibancadas piorando a situação. O técnico fez questão de defender e exaltar a dedicação do atleta em campo.
“É um jogador extremamente dedicado. Às vezes participa do jogo ofensivo e defensivo de maneira muito forte. Transita os dois lados com muita energia. Participa de gols, de tiradas de bola lá atrás, nós confiamos muito nele. Nem sempre o jogador irá tomar a decisão que nós de fora acha que é a melhor. Às vezes um jogador não dá um passe para frente, e eu também na beira do campo falo que era para ter dado. Mas temos que respeitar a decisão do jogador dentro do campo, é ele que treina a semana toda. Se ele, em determinado momento, tomou uma decisão diferente do que a torcida e o treinador quer, temos que respeitar. Claro que isso pode mexer com o atleta. Temos que enaltecer o apoio que o torcedor deu depois do episódio. A nossa chance numa temporada tão difícil é estarmos todos juntos e apoiando. Nossa força vem do torcedor. Essa torcida é fantástica e ela tem reconhecido todo esse trabalho”, salientou.
Enderson também falou sobre um assunto que sempre o persegue: o calendário do futebol brasileiro. O treinador voltou a falar sobre o desgaste de alguns jogadores e a necessidade de fazer rodízio.
“Eu não faço o trabalho para mim. Eu quero ter sempre os melhores atletas com condições, sem rodar elenco, quero é vencer. Toda vez que tomamos essas atitudes sabíamos dos riscos. Mas temos que tomar decisões, o Bahia é o clube que mais jogou. Não é desculpa, é constatação. Tivemos jogadores que não conseguiram se recuperar para esse jogo. Durante o jogo, Arthur Kaíke e Fernandão pediram para sair. Tudo isso nós vamos medindo. Não estou poupando jogador, a questão é que não temos condições de colocar atletas desgastados. Esse trabalho que fizemos foi para o Bahia, assumindo todas as responsabilidades. Foi uma decisão minha, juntamente com a direção. Precisávamos ter um pouco mais de tempo de pré-temporada”, explicou o treinador.
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