A queda do Esporte Clube Vitória para a divisão intermediaria do futebol brasileiro, além do impagável desamparo moral que impacta aos seus torcedores, quase mortalmente, gera também, como consequência, agora indiretamente uma menor visibilidade e, sobretudo, afeta as finanças do clube que por sua vez prejudica seriamente a saúde financeira do Leão, aliás, saúde que nunca esteve robusta.
Agora sem alternativa, o Vitória precisa traçar um novo cenário financeiro para a temporada tendo como base o equilíbrio e austeridade sem perder a capacidade de formar um grupo de qualidade para reconduzir o clube para a primeira divisão com gastos menores, aliás, como fez o Avaí na atual temporada que com um orçamento reduzido foi capaz de voltar para a primeira divisão sem grande sofrimento, justamente um ano após a queda. Portanto, como disse recentemente o novo presidente do Sport-PE, o Esporte Clube Vitória em 2019 terá que “andar de ônibus” para ajustar o descompasso e voltar a se restabelecer na temporada 2020.
O Esporte Clube Vitória ainda não se pronunciou de forma oficial, porém, matéria publicada por Vitor Villar ao Jornal Correio aponta um orçamento com valor bruto de R$ 45 milhões (redução de 50%) para a temporada 2019, e R$ 40 milhões de receita líquida. Em 2018, o Leão teve uma receita bruta de R$ 102 milhões, com R$ 94,5 milhões líquidos.
O orçamento do Vitória para 2019 é um terço do apresentado pelo Bahia – de R$ 143 milhões de receita bruta. O Leão, que teve o 3º maior orçamento em 2018 entre os clubes do Nordeste, no próximo ano terá o quinto lugar, atrás de Bahia, Sport-PE, Ceará e Fortaleza. De acordo com o Jornal O Povo, o Vozão apresentou previsão de receita de R$ 70 milhões no ano que vem, enquanto a do Tricolor do Pici foi de R$ 56,7 milhões.
Ainda segundo a matéria, o motivo para o corte de mais de 50% no orçamento do Vitória é a queda para a Série B, especificamente em 2019, já que os clubes não contarão mais com a cláusula apelidada de “colchão”. Por causa dela, as agremiações recebiam, no primeiro ano de segunda divisão, a mesma receita de televisão de que se estivessem na Série A.
A partir de agora, os times da Série B receberão uma cota de TV igualitária, não importando a tradição da equipe. O valor ainda não foi fechado, mas estima-se que seja igual ao de 2018, de R$ 7 milhões. O Leão cairá de uma arrecadação com TV de quase R$ 44 milhões neste ano, por estar na Série A, para R$ 7 milhões no ano que vem. Queda de quase 85% nessa fonte.
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