O futebol ainda que “militado” quase que totalmente por homens é um esporte onde o nível de sensibilidade é pra lá de aflorado e na mesma proporção, o orgulho precisa ser exaustivamente evidenciado. Jogadores quase todos são intocáveis. Carreiras de jogadores são impulsionadas pelos meios de comunicações alguns até de modo injustificados. Não que tenhamos jornais, sites OU TV generosos com este ou aquele, e sim a necessidade de fomentar o seu próprio negócio. Cada vez mais Pelé, melhor o negócio, e quando faltam os Pelés, a solução é buscar qualquer um, até aqueles de pé torto, mas de algum de modo traga qualquer apelo. Afinal, repito, o negócio tem de está aceso e vivo para chamar sua atenção todos os dias.
Mas quando essa mesma imprensa não mantém os incentivos para o perecimento dos craques, ou remove títulos que ela mesmo ofereceu do NADA, é um deus meu acuda.
O exemplo do dia vem do goleiro do Flamengo: MURALHA. O goleiro andou falhando e o jornal carioca EXTRA, em artigo publicado na sua pagina de esporte, alertou que em nome da precisão jornalística, e também numa critica ácida, que se diga, que não chamará a partir de agora o goleiro de MURALHA que será tratado apenas como Alex Roberto, seu nome de batismo. Segundo o jornal, o goleiro desmoralizou o apelido contra o Paraná pela Primeira Liga.
Pronto, o elenco do Flamengo, em nota publicada pelas redes sociais prestou solidariedade ao goleiro e afirma que todos foram atingidos pelo jornal já que são uma grande família. Mas não ficou apenas por ai.
O Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro emitiu nota de repúdio e acionará judicialmente o jornal. Além disso, pedirá aos jogadores dos demais clubes cariocas que suspendam as entrevistas ao Extra até que este peça desculpas públicas ao atleta Muralha.
Parou ai? Não. Flamengo já avisou que nenhuma solicitação do jornal será atendida até que um pedido de desculpas seja feito.