Eu sócio e ele candidato, votaria em Paulo Maracajá

Se eu fosse sócio e Maracajá fosse o candidato, eu votaria nele!

Acho, porém, que ele não deve se candidatar, porque está na hora de começar a seleção de novos dirigentes. Mas digo novos dirigentes apenas por causa da sucessão natural imposta pelo tempo: como todas as organizações existem para sobreviver às gerações atuais, torna-se necessário que haja constante renovação no quadro das lideranças e, para mim, está na hora da geração de Maracajá passar o “bastão”, inclusive porque foi uma geração que muito contribuiu para que o Esquadrão de Aço tenha vida longa!

Defendo que Maracajá não se candidate apenas por esta razão – a sucessão natural das gerações – e não porque ele esteja ultrapassado. A adoção de métodos novos para a administração do presente não guarda nenhuma relação com a idade ou coma época em que o gestor esteve à frente da Organização. Falar de pessoas “ultrapassadas” ou inaptas para as novas exigências gerenciais e administrativas, tomando como referência épocas passadas, é coisa de gente burra ou de gente desonesta. Assim como é coisa de gente desonesta querer que um gestor tivesse um comportamento diante de coisas que não se apresentavam em sua época.

Paulo Maracajá, com os recursos de que dispunha e dentro do que era o mundo do futebol, provou que era muito eficiente e muito eficaz, e como estas características são pessoais, elas não se perdem com o tempo. Maracajá tornaria agora o Bahia maior como ele já o fez? Não sei, mas ninguém também aqui sabe. O que sei é que ele aumentou em muito o valor de mercado do ECB quando o fez Campeão Brasileiro mais uma vez e, durante sua gestão, quando o fez portador de um histórico geral respeitável na competição nacional de primeira classe, diferente da gestão atual que só acumula vexames nas competições nacionais, inclusive na de segunda classe.

Dizem que ele é Jurássico, mas como eu não sei decifrar chavões e frases de efeito, eu gostaria de saber por que Maracajá estaria previamente inapto, do ponto de vista técnico, para exercer a presidência do ECB, ou seja, por que ele não estaria preparado para gerir o Clube e escolher um diretor competente para o administrativo; para o comercial; para o financeiro e sobretudo para o futebol.

Mas como eu disse em comentário aqui no Blog, eu não sei se Maracajá seria o excelente presidente que foi outrora, mas não por causa desta BABAQUICE de que ele esteja “ultrapassado”, porque nada impede alguém do passado adotar práticas de gestão mais adequadas ao presente, e Maracajá é EFICIENTE E EFICAZ, provou isto em toda sua gloriosa gestão, e estes atributos não se perdem com o tempo.

Muito diferente do presidente atual, Paulo Maracajá sempre assumiu publicamente seus erros, nunca fugiu de suas responsabilidades. Esta era uma das características dele que eu mais admirava. Ninguém aqui está achando que ele vai conduzir ao Paraíso, como alguns torcedores garantem que Marcelo Sant’Ana levará. Aqui se apresenta o ARGUMENTO de que Maracajá reúne as condições NECESSÁRIAS para assumir a presidência do Bahia, agora, qual seria o resultado de sua nova gestão, não se sabe nem se pode saber.

Mas está na hora de começar a formação de um novo estoque de líderes e, pelo que vejo do que está aí de plantão, será um penoso processo de seleção. Afinal, Osórios e Maracajás não nascem em árvores nem podem ser produzidos em cursos de gestão de futebol; por mais relevantes que estes cursos possam ser, eles apenas aprimoram os talentos, não podem criá-los.

Hoje eu não ando pelas ruas de Salvador com o nariz roçando o chão, graças a Paulo Maracajá e a Osório!!


Dinensen, torcedor do Bahia e amigo do Blog.

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