Devemos SIM festejar o início do equilíbrio financeiro do clube, mesmo com algumas ressalvas, mas jamais tê-lo como oportuno analgésico para aliviar os outros males. Não faço parte da corrente que defende a posição de que para se ter um time competitivo em campo, capaz de conquistar títulos e honrar a história vencedora, primeiro necessário se faz consolidar-se financeiramente. Urge que não confundam o meu raciocínio, pois jamais defenderia de forma minimizante o processo fundamental de tornar a GESTÃO do clube 100% financeiramente equilibrada, apenas afirmo que se pode com o USO da competência trabalhar com os DOIS pilares paralelamente.
É FALSA a ideia de que os INSUCESSOS em campo é resultante de um ORÇAMENTO mais acanhado. Cansei de pontuar que para se armar ELENCOS COMPETITIVOS e qualificá-los para conquistar títulos, bastava ter um departamento de futebol REALMENTE capaz e com percepção suficiente para perceber a existência no mercado brasileiro duma infinidade de atletas de futebol desconhecidos a preço de banana, em melhores condições e com disposição de trocar a VIDA por uma oportunidade de jogar num time como o Baêa. São jogadores com altíssima qualidade que cabem nos mais humildes orçamentos do futebol brasileiro e superiores a muitos consagrados, pelo menos o DADE do clube URGE se tornar cônscio disso.
Outros EQUÍVOCOS se somam aos insucessos relativos ao futebol dentro de campo, podemos destacar o processo de associação em massa e contribuição decisiva para gradativamente apequenar o maior patrimônio do clube que é a torcida, quando adotam valores de INGRESSOS que excluem 80% do POVÃO. Afirmo sem nenhum medo de ERRAR que jamais o Baêa terá sucesso no quadro de associados sem no mínimo DOIS pacotes direcionados para 80% da fatia do bolo. Enquanto apostar só num punhadinho de torcedores elitizados, não popularizando os valores dos ingressos, infelizmente as arquibancadas continuarão vazias, sem calor, sem vibração e sem vida tricolorida.
Lourival Leal, torcedor do Bahia e colaborador do Blog.