Meus amigos… Já vem chegando o final do ano e, ainda que a vida e o tempo desconheçam estes soluços do calendário, faz-se necessário um pequeno pausar, uma pequena abstração da realidade e do dia-a-dia para buscarmos refletir sobre a brevidade da vida e as tênues nuances da realidade que devem sempre nos manter firmes na busca do justo, do honesto, do correto, do humano e do eterno. Queria de coração desejar boas festas a todos os amigos, felicidades no transcurso de mais este final de ano e para este novo ciclo futebolístico que se abre a partir do dia primeiro de janeiro. Agora vamos falar de tijolo que é pau que boia !
Dupla Bavi e o Mercado da Bola
Este é um tema que causa, ao mesmo tempo, ansiedade e expectativa por um lado e, por outro, nos arremessa violentamente contra um muro de concreto chamado realidade. Como todos nós acompanhamos e entendemos um pouco de futebol, sabemos (intuimos !) que a partir das contratações conseguidas por nossos times, podemos vislumbrar o quão longe eles podem chegar nas competições ao longo do Ano. E, consequentemente, quanto iremos festejar e quanto iremos chorar no pé do caboclo. Lite que o diga, pois em 2015 foi-lhe concedida a honraria de ter um lugar cativo e marcado lá no “Big Field” com o nome dele (oia) !.
Insiste um sentimento de desalento quando vemos que a busca de jogadores se concentra sempre nos mesmos moldes e nos mesmos mercados. Falando claramente, os jogadores que chegam para nossas equipes sempre são aqueles refugos dos grandes clubes do Brasil. Jogadores com desempenho decadente ou que, por problemas disciplinares, não figuram na preferência dos clubes mais abastados.
Porém, uma pergunta não quer calar. Vendo o desempenho de equipes na Copa SulAmerica e Libertadoes, chama atenção o porque não exploramos mais o mercado Sul Americano. Para tanto, precisariamos descobrir os talentos estrangeiros ainda em idade tenra, quando eles ainda não explodiram e não foram inflacionados em função da velha regra universal da economia: Oferta x Procura. Óbvio torcedor que, se chegamos ao final do ano sem ter acompanhado de perto esses mercados, sem ter feito um laborioso garimpo, não vamos por acaso ou por milagre descobrir estes talentos em cima da hora, em cima do laço, em cima da perna (lá dele !!).
Até o momento, o Bahia anunciou o Brocador (lá neles !!) que considero bom nome para série B. Claro que existirá um decréscimo técnico se imaginarmos que ele virá para substituir Kieza. Porém, o labor do centroavante é fazer gols e imagino que o Bahia estará bem servido com Hernanes. Surgiu também a contratação de Luizinho (ex- Santa Cruz), que enxergo como uma incógnita. Mas, como deve ter sido recomendado pelo Gerente de Futebol do Bahia que, imaginamos conhece o jogador de perto, acredito se tratar de um bom jogador para compor o elenco.
Do lado do Vitória, nem se comenta em contratação de novos jogadores. Foi baixado um decreto no clube: As renovações são as inquestionáveis prioridades. Nada contra esta prioridade. Porém, se existe uma excessiva demora nas renovações, isto implica automaticamente em uma demora ainda maior nas contratações. Este risco é grande, pois deixará o clube fora do mercado em um momento de intensa troca de jogadores entre os clubes. Até o momento, Rhayner e Escudero estão fora. Muito embora surja a notícia que Rhayner pode retornar (A famosa: Volta dos que não foram ! rsss). Pela tranquilidade reinante na toca, os dirigentes agem como se tudo ocorresse de acordo com o planejado. Parece que não aprenderam com os erros do início de 2015.
Relembramos à todos que as equipes se reapresentam no início de janeiro. Desta forma, seria bom para o planejamento da temporada ter a maior parte do elenco já definida nesta data. Ou seja, o fato de todos os jogadores realizarem a pré-temporada juntos traz ganhos técnicos e físicos para todo o ano. Pelo compasso do esquadro (como diria o outro !) está claro que estamos desprezando esta opção e teremos, mais uma vez, as equipes se formando (reforçando !) durante as competições.
Outro fator deveras importante é que tendo todo o plantel já definido no início do ano, isto abriria a possibilidade daquele famoso sonho de ver nossas equipes excursionando no início do calendário para ganhar visibilidade e dinheiro (bom para o clube, bom para os patrocinadores). Suponho que ainda não chegamos neste nível de consciência sobre quais passos executar para elevar o padrão dos nossos clubes, internacionalizar suas marcas e fazer um proveitosos intercâmbio com outros países. Para tanto, seria necessário renegociar as data do campeonato Bahiano ou até mesmo fazer o que já realiza o Atlético do Paraná: Iniciar o Estadual com uma equipe formada por jogadores das divisões inferiores. Mas, deixemos esta proposta para elaborarmos melhor em outro texto.
O futebol, assim como a vida mesma, nos leva de mais a menos e de menos a mais em poucos instantes. Hoje só temos incertezas e esperanças. Na política seguimos da mesma forma (em queda livre). No Rio, o espetáculo das Olímpiadas ( Assim como a Copa será a melhor Olímpiadas de todos os tempos !) está escoando a verba e encobrindo a crise na saúde. Quando iremos acordar ?
Bom, já que Papai Noel não trouxe o “impicha”, acho que agora temos mesmo que apelar pra Deus. No final, ainda que este sonho se realize, saíremos das garras dos corruptos bonzinhos e honestos para a “agradável” companhia do mordomo de filme de terror. Pra complicar, o plano de fuga foi abortado pela insistência da mega sena ir para outras paragens. Nesta hora, queria ser Calmo, Calmo como um guerrilheiro…
Saudações Rubro-Negras do Vitória da Bahia, liderando a Bahia no abecedário do futebol (A) e já preparando o molinete… já o Vice.
Filba – Torcedor do Vitória e amigo do BLOG