Sampa é a terra da garoa e do Bahêa

Que maravilhosa recepção e torcida presentes em Osasco-SP, região metropolitana de São Paulo, para prestigiar o Bahia num jogo vital para a sua ascensão à série “A”. Quem acompanhou tudo pela televisão e notícias da mídia ficou contagiado pelo clima de grande clube com uma grande torcida que é o Bahia. 

Não vi poucos tricolores em Osasco, eu vi uma multidão de baianos tricolores que contagiaram nossos gladiadores do começo ao fim do jogo realizando a promessa do Bahia de torcida mais animada cantada em seu hino, a voz dos Bicampeões brasileiros. Essa euforia da torcida tricolor em Sampa chegou aqui em Salvador e em todos os lugares do Brasil onde tinha um tricolor e impôs sua filosofia de que no futebol quem manda é a torcida do Bahia. 

Explico.  O Bahia é democrático e tem em seu associado sua principal força. O presidente então tem carta-branca para realizar seus projetos e engrandecer mais o clube. A verdade, porém, é que sentíamos faltar algo ao Bahia com sua democracia ainda incipiente: a desverticalização do comando tricolor. O presidente do Bahia faz parte do processo democrático e quase foi engolido por ele. Eu disse quase. 


Anteviu a diretoria executiva do clube que um projeto de valorização da base não é suficiente para satisfazer a torcida tricolor, era preciso também ouvir todos os setores que amam o Bahia sobre o comando técnico do time que não agradava ninguém. Uma pergunta que me fazia: o que justificava trazer Souza, jogador de série “A”, para deixá-lo no banco? Fazer testes com jogadores mais novos para escrever o nome de um técnico na história não é meta de um clube como o Bahia, mas antes perseguir e ganhar campeonatos na medida que for permitido experimentar novos valores.

A lição da torcida do Bahia com recuperação de seu entusiasmo de ver seu time um maestro Campeão, Charles, e que viveu e vive essa paixão da torcida do Bahia por resultados foi maravilhosa. Charles não deixou por menos e recolocou os melhores em campo em função das necessidades do time e de sua angústia como torcedor de ver o Bahia no seu lugar: a 1ª divisão. Charles fez o óbvio ao escalar Gabriel pela altura e Souza como experiente meia criador e marcador. Charles tem a noção de que é competir, e não é experimentar, é jogar para ganhar!

Quanto ao próximo jogo do Bahia aqui na nossa Fonte Nova, creio que Charles deverá colocar Pittoni no lugar de Souza, pois é o jogador que mais se assemelha com as características de jogo do ótimo Souza, que levou seu 3ª cartão. Kieza e Maxi poderão fazer com Roger a linha de frente do ataque e o meio faria só a mudança por imposição da suspensão de Souza.

Está de parabéns a torcida do Bahia em Sampa. Levou o prêmio de que tanto nos orgulhamos de ser um diferencial quando o Bahia está em campo. Acredito que os “garganteiros” do ‘lounge” que não mandam nem em sua própria casa, com suas mulheres pedindo a Deus para saírem, aprendam que torcida é defender o indefensável, um time que nos leva a Fonte pelo simples fator de sermos somente Bahêa.

PS.: Sinto muito aos amigos torcedores do Vitória. Quis fazer uma gozação inocente e acabei despertando muito mau-humor entre os amigos. A minha noção de torcer e brincar com o rival será sempre mesmo nesse nível de respeito mútuo, mas de bom-humor. A verdade é que a maioria entender a brincadeira.

PS2.: Minha homenagem aos baianos em São Paulo.

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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