Valton Pessoa diz que azar e lesões atrapalharam o Bahia

Explicar os motivos da situação do Bahia é tarefa para os homens que administram o clube, acho até uma obrigação de todos eles.  Seria herança maldita das administrações anteriores, falta de recursos, a conhecida insolvência financeira anunciada desde cedo pelo ex-diretor Reub Celestino, más contratações, inexperiências dos atuais diretores, falta de apoio da torcida, o Bahia, assim como todos os outros clubes do nordeste nasceram para cair ou o Bahia foi vitima do azar?

O vice-presidente do Bahia, Valton Pessoa, tem lá as suas explicações para os 87% de probabilidade de cair para a segunda divisão. Em entrevista recente uma emissora de radio de Salvador que foi reproduzida pelo Jornal A Tarde, o dirigente afirmou que objetivo do Bahia era brigar pela parte de cima da tabela, já que o clube tem elenco tipo o Goiás, por exemplo, que está livre dos riscos do rebaixamento.


“Não era para está nessa situação, mas alguns não renderam como esperávamos, se não tivesse tido contusões, saída de Rhayner e alguns problemas de azar”, justificou 


O dirigente defende que o futebol é loteria para times com o orçamento reduzido, como o Bahia. Ele argumenta ainda que o clube tem um “time que teoricamente renderia em campo” e é superior ao elenco do ano passado, mas que algumas situações atrapalharam o desempenho no Campeonato Brasileiro.

“Não tem explicação técnica, de gestão. É bola na rede, azar, um conjunto de fatores que fazem com que o time não renda o que foi esperado”, disse Pessoa, citando o suposto pênalti não marcado no jogo contra o Palmeiras no último domingo, quando o jogador alviverde segurou a bola com o braço, impedindo o ataque tricolor.

Apesar de acreditar em fatores externos influenciando o rendimento do tricolor, o dirigente minimiza a interferência da passagem de três diretores de futebol durante os 14 meses de gestão do presidente Fernando Schmidt.

“Não acredito que tenha resultado dentro de campo. Diretor é importante na formação do elenco? É, mas tenho certeza que isso não contribuiu (para situação do time). É loteria, tem coisas que independem de quem está dirigindo o clube. William não pode continuar, entrou um segundo (Ocimar Bolicenho), que não estava rendendo com os jogadores. Tentamos essa substituição (com Rodrigo Pastana, que deixou o time nesta terça, 4)”.

O vice-presidente acha que o novo diretor de futebol Pablo Ramos e o novo gerente Lucas Magalhães devem contribuir com o time. Para ele, não era momento de procurar nomes fora da equipe, por isso a decisão de transferir pessoal de outras áreas. Além disso, ele destacou o bom relacionamento de Pablo e Lucas com os atletas, o que pode ajudar a manter um bom clima para tentar escapar do rebaixamento.

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