O Bahia entrou em campo, nesta quarta, ciente de que só o triunfo interessava. Com a responsabilidade de conquistar os 3 pontos e sair da incômoda zona de rebaixamento, Kleina armou um time mais ‘ofensivo’ para enfrentar o Sport, sacando Léo Gago e colocando Diego Macedo de médio-direito, como havia feito em jogos anteriores.
A dupla de volantes permaneceu com Uellinton e Rafael Miranda. Rafinha jogou pela ponta esquerda, e Marcos Aurélio foi adiantado para jogar mais próximo de Kieza. Só que dentro de campo, o time mostrou pouca criatividade, fez um primeiro tempo pouco empolgante, com poucas chances de gol.
Marcos Aurélio, responsável pela armação, pouco criava. A bola quase não chegava para Kieza. Jogo era truncado, tenso, com muitos erros de passe. Os jogadores estavam afobados, e não conseguiam armar as jogadas. Se o ataque não ia bem, a defesa mostrava total segurança com Lucas Fonseca e Demerson.
As jogadas de ataque saíam mais pelo lado direito com Railan, que apoiava bastante, levando perigo a defesa adversária, chegando com liberdade na grande área. Na arquibancada era visível a impaciência da torcida com o futebol apresentado pelo time.
No segundo tempo, Kleina fez o que deveria ter feito antes de começar a partida. Tirou o improdutivo Marcos Aurélio e colocou Emanuel Biancucchi. O Bahia melhorou com a mudança, mas continuava pecando nas finalizações.
Aos 25 minutos, Gilson Kleina resolveu mudar novamente e quando todos esperavam a entrada de Maxi, ele surpreende e coloca o esforçado e afobado William Barbio. A torcida pegou no pé do treinador e vaiou a substituição, mas 3 minutos depois as vaias se transformaram em vibração.
O contestado William Barbio precisou de pouco tempo para “queimar” a língua da torcida. O jogador fez jogada individual pela esquerda e chutou cruzado, Kieza tentou completar, mas Magrão espalmou, e no rebote o garoto Railan estufou a rede, marcando seu primeiro gol pelo profissional.
Gol merecido para o lateral da base, que era o melhor jogador em campo, na minha opinião. Depois do gol, o Bahia teve até chance de ampliar, mas continuou pecando nas finalizações. O Sport veio para cima e tentou o empate, mas o “Paredão” Marcelo Lomba fechou o gol, e garantiu o triunfo suado para o tricolor.
Até que enfim, voltamos a vencer na Arena, e saímos novamente do Z-4, tomara que seja para nunca mais voltar. Próxima rodada, outro jogo difícil, contra o Flamengo, na Fonte Nova. Temos que fazer novamente o dever de casa, juntar gordura, e espantar o fantasma do rebaixamento.
Para finalizar, não entendo a opção do Kleina pelo Marcos Aurélio. A qualidade técnica do jogador é incontestável, mas está totalmente fora de forma, gordo, sem ritmo, totalmente fora de sintonia, e agrega muito pouco ao setor ofensivo.
Fellipe Costa