Se a matéria assinada por Antônio Strini e veiculada nesta quarta-feira pelo ESPN, não venha servir para nada, ao menos, o torcedor do Bahia conhecerá um pouco da história de Leandro Romagnoli, atleta que vem protagonizando junto com o Esporte Clube Bahia, uma novela de grande sucesso. O jogador que assinou um pré-contrato com o tricolor, atua hoje à noite a primeira partida das finais da Taça Libertadores da América e depois de concluída a competição, segundo ele, embarca para Salvador vestir a camisa do Bahia e honrar a palavra empenhada com o clube. Veja ai, moral ele tem por lá.
Em meio a nomes como Andrés D´Alessandro, Maxi Rodríguez e Javier Saviola, o camisa 10 da seleção anfitriã se destaca: Leandro Romagnoli, jovem promissor do San Lorenzo, é visto como uma potencial estrela para a equipe principal. Saviola fez 11 gols na campanha do título, e Romagnoli comandou o meio-campo.
Hoje, 13 anos depois, o “Tatuado” não virou aquilo que todos esperavam, ao menos pela seleção argentina adulta – com quem fez apenas um jogo. Mas, pergunte a um torcedor do San Lorenzo o que representa Leandro Romagnoli em sua história.
O “enganche” está perto de encerrar sua segunda passagem pela equipe de Almagro e em grande estilo: com o título da perseguida Taça Libertadores da América. Afinal, o único chamado gigante argentino que nunca a conquistou é o San Lorenzo.
“É como ganhar a Champions, não sei… Eu coloco em igualdade com um Mundial: para nós, é como ganhar uma Copa do Mundo. É o melhor que poderia acontecer na carreira”, disse o camisa 10 ao diário esportivo Olé.
Aos 33 anos, Romagnoli é presença constante no time de Edgardo Bauza e será titular no jogo de ida da final contra o Nacional, no Paraguai, nesta quarta-feira.
Em suas quase 11 temporadas pelo San Lorenzo, o “Pipi” ganhou nacionalmente o Torneio Clausura de 2001 e o Torneio Inicial de 2013; na América, levou a Mercosul e a Sul-Americana. Ele também atuou por Veracruz-MEX e Sporting-POR, mas é na Argentina que seu futebol foi melhor exibido e onde se tornou ídolo.
Após o torneio continental, Romagnoli já tem outro desafio: o Brasil, por onde confirmou que atuará pelo Bahia. Mas sabe que voltará ao San Lorenzo para sua terceira e provavelmente última passagem pelo Nuevo Gasômetro.
“Agora estou mais tranquilo, estava naquela incerteza se sairia ou se ficaria, não estava me sentindo bem. Mas pude jogar a semifinal, passamos para a final e depois me apresentarei ao Bahia. Tenho palavra, respeitarei meu contrato, mas vou sair do San Lorenzo. Fiquei até agora porque o contrato permitia e porque queria jogar a Libertadores, queria jogar pelo San Lorenzo pelo amor que tenho”, declarou ao Olé.