O Bahia não parou durante a Copa do Mundo. Ciente do intervalo que existiria, o clube se preparou para acompanhar e tirar proveito desse grande evento em nosso país.
Com a facilidade de nos encontrarmos com o melhor do futebol mundial, estudamos o que cada nação que jogaria em Salvador poderia nos oferecer , para seguirmos construindo o Esquadrão que todos nós desejamos em termos de estrutura e organização.
Dos países que jogariam a primeira fase aqui, eis nossa leitura e escolhas:
Holanda – a Holanda é conhecida pelo forte e eficiente trabalho realizado em suas divisões de base. A educação anda lado a lado com o futebol. O bem-estar do jovem, a sua formação como cidadão e seu desenvolvimento técnico são linhas de metodologia seguidas rigorosamente pelos clubes.
Portugal – a proximidade com Portugal se dá não apenas pela similaridade linguística. Os portugueses conseguiram com seus dois principais clubes algo que todos tentam copiar. O Benfica conta hoje com mais de 230 mil sócios ativos, sendo o maior programa de sócio-torcedor mundial. O programa de vantagens para os sócios-torcedores também chama a atenção e inspira clubes do mundo todo, inclusive brasileiros. O F.C. Porto é reconhecido por seu departamento de scouting. Eles conseguem peneirar jogadores baratos, sem expressão aos olhos do torcedor e, despertando o potencial deste atleta, fazer com que haja uma grande valorização. O clube tem em seu hall de cases de sucesso jogadores como Jardel, Deco e Hulk.
Alemanha – Os alemães se caracterizam pelo melhor exemplo de organização no futebol mundial, com a maior média de público dentre todos os campeonatos nacionais. O Bayern de Munique é um dos clubes de referência mundial quanto ao seu modelo de gestão, com inúmeras ações inovadoras a serem compreendidas e incorporadas em nosso cenário. Além disso, a liga alemã é comentada devido ao gerenciamento das cotas de TV, por exemplo.
Representado pelo Diretor de Negócios Pablo Ramos e sua equipe, o Esporte Clube Bahia entrou em contato com dirigentes e autoridades de cada país. A primeira reunião foi com a ministra da Saúde, Segurança Social e Esporte da Holanda, Edith Schippers.
A parceria entre Brasil e Holanda, proposta pelo Bahia, prevê uma troca de experiências não apenas do futebol, mas também educacional. “Hoje muitos dos jovens do nosso país que não têm acesso à melhor educação, às melhores opções culturais, enxergam no futebol a única forma de ascensão social no Brasil”, disse Pablo Ramos. “Na Holanda nós também procuramos encaminhar os jovens para o caminho certo, longe da criminalidade, e fazemos isso através de cursos”, declarou Schippers. “O ministério está muito contente com essa iniciativa do Bahia. Estamos dispostos a apoiar esse projeto e criar vínculos diretos com os clubes brasileiros”, finalizou a ministra holandesa.
Pablo também foi recebido pelo vice-presidente da Federação Portuguesa, Humberto Coelho, e o diretor da entidade, João Pinto. Ambos mostraram-se dispostos a intermediar o contato entre o Bahia e os clubes lusos e acharam de grande valia a aproximação. “Não podemos estabelecer protocolos mas podemos encaminhá-los a esses clubes. Com certeza, abriremos portas para o Bahia. Essa troca de experiências e aprendizado é benéfica para o futebol como um todo”, disse Humberto.
O terceiro encontro foi realizado com a delegação alemã, apesar dos contatos terem se iniciado desde antes da Copa acontecer. O representante do Governo Michael Hagenburger se mostrou surpreso com a força da marca Bahia. “Toda essa atmosfera vivida aqui é muito boa. Eu não tinha ideia da grandeza do clube e acho importantíssimo que iniciativas assim sejam feitas. É um orgulho saber que a Alemanha é exemplo na organização e planejamento em futebol. O Bahia encontrará as portas do nosso país abertas para que, o que foi aqui iniciado, seja finalizado com êxito”, disse Michael.
Além dos três países citados, foi enviada para outras seleções participantes da Copa uma apresentação sobre o Bahia. O que nos oportunizou uma reunião extra: os Estados Unidos entraram em contato com nossa assessoria e iniciamos uma aproximação que também será promissora.
Dado o primeiro passo, com a proposição e aceitação das parcerias, iremos trabalhar juntos e entender como podemos trazer para que nossa realidade seja gradualmente transformada de maneira eficaz e consistente em vista de cada um desses cases de sucesso.