Anderson Talisca tem apenas 20 anos, mas carrega sobre os ombros uma responsabilidade que contrasta com a pouca idade. Na segunda temporada como profissional, o meia se tornou o principal jogador do Bahia, com belas atuações e gols importantes, como o marcado na última quarta-feira, no empate em 1 a 1 com o Flamengo, em Macaé, no Rio de Janeiro.
Dentro do Tricolor, existe a preocupação de prolongar ao máximo a boa fase da joia formada nas categorias de base do clube.
O técnico Marquinhos Santos sabe que, pela pouca idade, Talisca está propenso a oscilar no desempenho e tem um cuidado especial com o jogador, para ajudá-lo a se manter em alto nível.
– Tem que tirar o peso do Talisca. Tem que entender que ele é jovem, tem idade de júnior ainda. Tem muito talento e vai oscilar, o que é normal em função da idade. Tem vivido um bom momento, mas pode ter uma queda de performance. O que é natural. Ele não tem ainda a maturidade para ter continuidade de performance.
Temos trabalhado muito para estender essa continuidade – disse o treinador.
Para permanecer como destaque da equipe, Talisca tem recebido acompanhamento psicológico. A preocupação é evitar que o lado emocional interfira no rendimento do jovem meia. Na avaliação de Marquinhos Santos, a presença de jogadores importantes na equipe também ajuda, já que Talisca divide a responsabilidade com os colegas de equipe.
– Tem que estar muito atento para trabalhar principalmente a questão psicológica para que ele não sinta, não tenha a responsabilidade de ser o principal jogador da equipe. Temos um grupo forte. Temos demonstrado isso.
Com muitos atletas fora, fizemos um jogo de igual para igual com o Flamengo, em alguns momentos até superior. Acho que o trabalho não tem sido em prol de um jogador, mas do grupo – comentou.