Decepção! Não quero dizer mais nada – Bahia 1×2 GALÍCIA

Ao contrário do que possa parecer, o título desse post não é meu. A frase é do jogador Marcelo Lomba. E se critiquei a cena lamentável de Lomba levantando os dedos para o céu, depois do gol contra o Náutico, por ter me feito lembrar o gesto de Ronaldo Passos em 1989, dessa vez vou parabenizar ele.

Lomba exprimiu o pensamento dos mais de 6000 Tricolores na Arena Fonte Nova. Conseguiu reunir, em uma única frase, tudo o que pensava a BAMOR e o resto da Torcida Tricolor. Aliás, preciso comentar isso pra quem não foi ao estádio. Desde o jogo passado, quando a BAMOR começou os protestos contra a diretoria Tricolor, os outros Torcedores do Bahia vaiaram e mandaram a Organizada tomar no sul. No jogo de hoje, ninguém de fora da “maior do Nordestão” respondeu aos coros da organizada. Um racha na Torcida? Sim. A Bamor provocou com um: “a que bom seria, se a Torcida ajudasse o Bahia”. A resposta foi o silêncio da Nação até no hino Tricolor. Algo que eu em mais de 30 anos de Fonte Nova, nunca vi. A Bamor vaiava Madson, o restante da Torcida aplaudia. E foi assim o jogo todo…

Em campo, o jogo foi tão ruim quanto o salgado esturricado, de R$ 7,00, vendido na Arena. No primeiro tempo o Bahia dominou. Foi absoluto, apesar de pouco eficaz. Maxi perdeu dois gols, Branquinho outros dois, até num lindo lançamento de Fahel, Rhayner tirou o grito de gol da Torcida. Um a zero e o ritmo da partida continuava morno. Pra aumentar a zica do Bahia, Guilherme que vinha bem na partida, se machucou. E quando TODOS esperavam Pará, veio quem? Rauuuuuul…

Titi se machucou no fim do primeiro tempo e era dúvida pra volta. Fim de papo e o Bahia saia vaiado de campo, mesmo vencendo os galegos da camisa bonita…

Mas o melhor do 2 de Julho, é a volta da Cabocla. Ao menos pra galera do azulino, que jogou de vermelho.

O Bahia volta apático. Como TODOS já sabiam, o time voltaria a ficar sem laterais. Porque Madson e Raul juntos, a gente já conhece esse filme. O Demolidor de Campeões empatava o jogo num golaço em cima de Madson e Lucas. Uma paulada de fora da área que valeu os aplausos até dos Tricolores. 

Marquinhos faz uma alteração que NINGUÉM entendeu. Ítalo Melo no lugar de Branquinho. E a pergunta nas arquibancadas era óbvia: por que não Rafinha? Como era de se esperar, o Bahia piora em campo. O garoto da base acertou dois passes de 1 metro e pra trás, e sumiu da partida.

O Galícia mandava no jogo, e até o Secretário de Saúde do Estado sabia o que iria acontecer. Sola dá uma entrevista na Metrópole e apostava na virada. E ela veio, dessa vez, com um contra-ataque rápido dos galegos, e uma bola que cruzou toda a área do Bahia até chegar na lateral esquerda da zaga e o atacante deles botar pra dentro, sem marcação. Bahia na UTI do HGE de Sola…

Maxi saiu logo depois. Levou um sonora vaia, e fiquei pensando na minha frase quando da sua contratação: o que vem de Canabrava só serve pra reciclagem. Rafinha entrou e quase marca no único cruzamento certo de Madson. Fahel tentou de cabeça e mais nada. Game over.

Bora Baêa Minha Porra! É duro aguentar algumas coisas no time, e sei que apesar dos esforços do treinador, sua queda se mostra iminente e eminente. Tudo dando errado. Eliminação vergonhosa na Copa do Nordeste, estreia pífia no Baianão, Torcida dividida, público baixo, Emanuel que não estreia, Meia que não se firma, opções de laterais que não entram, centroavante que não vem, técnico na berlinda e diretoria sendo questionada. Em suma, tá na hora de dar um freio de arrumação e ver onde está o erro.

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