Acabou! Que venha 2014 e um novo Bahia…

Era pra ser um domingo de festa. Queria estar aqui escrevendo somente sobre a festa da Nação Tricolor, que mais uma vez mostrou sua força e bateu o recorde de público da Arena Fonte Nova, no Brasileirão. E foi uma festa linda, com direito até a aplausos acalorados e merecidos a Nelson Mandela. Mas do sul, vieram as notícias deploráveis que tiraram até meu tesão em escrever…

 
O Bahia encerrava seu ano esportivo, sofrível, mas com uma esperança de mudar alguma coisa no último jogo. Afinal, mesmo com um time que joga com até 6 volantes e que só tem uma jogada (chutão da zaga, raspada de cabeça de Fernandão e rezar pra Barbio ou Marquinhos pegarem a bola), o time poderia encerrar o ano com uma colocação até aceitável, em 9º colocado.

A Torcida, sexta maior em presença nos estádios do Brasileirão, fez a sua parte. Aplaudiu muito a entrada dos jogadores, cantou alto o hino nacional e tentava levar o time pra frente. Mas o Bahia começou o jogo com uma preguiça absurda. Uma displicência sem tamanho. O Fluminense, desesperado, ia pra frente e era melhor no jogo, mas parava na zaga Tricolor.

Até que a apatia do campo contaminou a Torcida, e essa parou de vibrar por uns instantes. Aí surge a mística dessa Nação. A Torcida começou a cantar o famoso “Bahia é minha vida, Bahia é meu orgulho, Bahia é meu amor!”. Começou baixinho e foi aumentando o volume. Peguei o celular pra filmar a Torcida e… Marquinhos saiu catando ficha e tocou pra Barbio fazer a Fonte Nova explodir. Festa do Bahia! Mas logo depois veio a primeira tristeza. Titi se machuca e o Cristóvão desarma o meio de campo, que estava funcionando, pra fazer mais um improviso. Fahel vira zagueiro pra Feijão entrar no meio. Fim do primeiro tempo e a Torcida aplaudindo sua equipe.

Veio a segunda etapa e tudo errado. O rebaixado Fluminense veio pra o desespero, como era de se esperar. O Bahia jogava com uma máscara, como se estivesse dando uns 3×0. Três toquinhos de calcanhar de Rafael Miranda, um deles acabou um grande lance na entrada da área. Fernandão dando tabaca em zagueiro. Talisca passou a se achar Messi e começou a inventar em lances simples. Errou tudo. Passes, cruzamentos, escanteios, faltas… não acertou nada. Até pegou a bola do jogo, no bico da grande área, mas se entortou tanto pra chutar que colocou pra fora.

Eis que deu-se a lógica. Gol dos rebaixados. Ao invés do nosso treinador tentar mudar a história da partida e partir pra vencer de uma vez, ele novamente tirou um atacante pra colocar um volante, para “compor o meio”. Ô ódio que eu tomei dessa expressão… Diones entra em campo sob uma vaia uníssona e correta. Na coletiva, Cristóvão justificou que perdemos o jogo porque jogamos contra uma equipe qualificada. Será que ninguém avisou ele que o Fluminense entrou em campo rebaixado? E que estava jogando em casa, com a Torcida lotando o estádio como ele pediu?

Barbio sai na maca e ele coloca o sem-ritmo Wangler. Resultado: o Bahia morreu em campo. O técnico conseguiu piorar o time que já estava ruim e o castigo veio na cabeçada certeira dos caras. Aí foi só rezar pra não tomar goleada do qualificado-rebaixado.

Bora Baêa Minha Porra! O Bahia conseguiu perder 5 posições na tabela em apenas 45 minutos. Saímos de 9º e caímos para 14º. O que poderia ser a melhor campanha do time, em pontos corridos, tornou-se a segunda pior. Coroou um ano horroroso na história do Bahia, com direito a saída prematura da Copa do Nordeste, com uma campanha ridícula no Campeonato Baiano, com eliminação da Copa do Brasil para o Luverdense na Fonte Nova, com a saída da Copa Sulamericana nos pênaltis e culminou na 14ª posição.

Porém, também foi o ano em que a Nação Tricolor acordou. Conseguimos a intervenção no time e tiramos o presidente que quase ajudou o Bahia a subir e a conquistar o título baiano do ano passado, é verdade. Mas também, por muito pouco, não acabou administrativamente com o clube, com seus vergonhosos contratos escusos, mais de 100 jogadores contratados em 2 anos, vagabundagens na lista de funcionários, jornalistas recebendo jabás oficiais, dentre outros absurdos. Votamos para presidente e elegemos uma nova diretoria. Que teve pouco tempo pra trabalhar nesse Brasileirão, mas terá a obrigação de nos apresentar resultados no ano que vem.

Por hoje, mais vaias para Cristóvão e seus comandados que deverão ser dispensados. E, como sempre, aplausos a Nação Tricolor. Um exemplo que deveria ser seguido pelos vândalos disfarçados de torcedores que melaram a última rodada do Brasileirão, em Joinvile…

Em suma, foi um ano com alguns altos e muitos baixos para o Bahia. Parabéns ao Cruzeiro e aos 3 classificados para a Libertadores. Aos que se frustraram, por mais uma vez não conseguir conhecer a maior competição das Américas, deixo uma mensagem de inventivo: NUNCA SERÃO! NUNCA SERÃO!!! : )

Autor(a)

Redação Futebol Bahiano

Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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