Os pré-candidatos à presidência do Bahia

Muito se fala e todos comentam. O
interventor Carlos Rátis, acabou de realizar o recadastramento dos sócios, já
marcou a data da assembleia geral e, após isto, fará novas eleições para
concluir o mandado do ex-presidente Marcelo Guimarães Filho, que se encerra em
31 de dezembro de 2014. Mas fica a pergunta: Quem são os candidatos? Marcelo
Guimarães teria um concorrente? Tem. Quem são eles, o que fazem ou o que
pretendem fazer?  O Jornal A Tarde traz
alguns nomes e demonstra como será todo esse processo. 

As eleições presidenciais no
Bahia estão cotadas para ocorrer no dia 24 de agosto, sábado, na Arena Fonte
Nova. A data, porém, só será oficialmente confirmada após a Assembleia Geral de
sócios, no mesmo estádio, no dia 17. 

Até aqui, cinco são os nomes dos
possíveis candidatos ao cargo máximo do Bahia, embora apenas um admita
publicamente sua candidatura. Trata-se do radialista e agente de jogador –
fundador da empresa Antoniu’s –  Antonio
Tillemont. “Não estou lançando meu nome para vender minha candidatura lá
na frente. Vou ser candidato, sem medo de ser derrotado”, diz o
empresário. 

O maior peso contra sua
pretensão, ventilam as correntes contrárias, está justo no fato de ter uma
empresa constituída de jogadores, inclusive com atletas no elenco profissional
do clube (Zé Roberto e Feijão). “Faço um pacto com o torcedor de não
contratar ninguém da Antoniu’s durante esse mandato tampão. Além do que, se
virar presidente, no dia seguinte, eu saio da empresa. Entendo que são atividades
completamente antagônicas”, diz. 

Nome de consenso – Outro nome que
tem sido ventilado nos bastidores é de Fernando Schmidt, secretário de relações
internacionais do governo do Estado da Bahia. 

Com o gabarito de ter sido
presidente do clube na década de 1970, em um período vitorioso, o político
defende “um nome de consenso” para atravessar esse período
turbulento. “Não é um momento de divisões, mas sim de trabalhar por um
projeto comum. O Bahia tem problemas sérios após a última gestão e toda ajuda é
importante no momento”, definiu. 

Ainda que não admita publicamente
seu nome como concorrente à presidência tricolor, Schmidt afirma que, caso
eleito, se afastaria imediatamente da pasta que ocupa. “Não dá para
conciliar as duas coisas. O Bahia precisa de dedicação total”, pontua. 

Como o interventor Carlos Rátis
tem feito constar em suas entrevistas, o próprio Marcelo Filho, presidente
destituído do clube, pode ser candidato. A interventoria foi instituída pela
Justiça baseando-se em irregularidades identificadas na reeleição do cartola,
em 2011. Mas seu nome não foi inviabilizado dos quadros do clube. 

A pessoas próximas, Marcelo Filho
teria admitido que não tem a pretensão de concorrer, pois acredita que possa
recuperar seu mandato nos tribunais. No momento, ele aguarda decisão da 2ª
Câmara para tentar barrar a intervenção. 

Condições necessárias – Outro
nome que começa a se viabilizar é do atual diretor de competições da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Virgílio Elísio. 

Em contato com a reportagem de A
TARDE, Virgílio admitiu a possibilidade de concorrer. “Tenho recebido
muitas ligações de torcedores me perguntando sobre isso. Digo que admito a
possibilidade, mas, antes, precisaria conhecer profundamente os problemas do
clube e perceber um apoio forte da torcida”, diz. 

O vereador de Salvador, Euvaldo
Jorge (PP), também diz ter pretensões no clube, ainda que admita não ter
experiência no mundo do futebol. “Nunca exerci cargo algum no esporte, mas
amo muito o Bahia e quero ajudar. Já ocupei outras funções administrativas no
campo político e sei como agir nestes momentos de crise. Acho que posso
ajudar”, acredita.

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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