França Teixeira na visão de Franciel Cruz

No início da década de 1960, a poetisa Lina Gadelha disse para um deslumbrado Sartre, recém-desembarcado na Cidade da Bahia, que o dendê simbolizava a alma de Salvador. 

É pouco provável que o ateu existencialista, sempre reticente para com as coisas invisíveis, tenha caído na culhuda oleaginosa da moça – até porque esta província lambuzada de exclusão nunca teve alma. 

Aliás, urbe alguma possui qualquer tipo de espírito – a não ser o de porco.

Mas derivo.

O fato é que, neste mesmo início da década 1960, estreava na rádio de Soterópolis um sujeito que conseguiu dialogar com a alma da capital baiana, independentemente de ela existir ou não. 

Antônio França Teixeira, eis o nome do cristo-exu, soube, como nenhum outro, captar a alma citadina, esta entidade etérea e intangível.

E o fez de modo absolutamente radical. 

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