É hoje, Cruzeiro x Bahia, no
Estádio Independência, em Minas Gerais, local onde o tricolor de aço tenta
ultrapassar o trigésimo sexto obstáculo, de um total de 38, de uma caminhada
onde foram alternados momentos de alegria e tristeza e, sobretudo, de muita fé,
para que o time renove a licença e se mantenha no Brasileiro da Série A,
ampliando as expectativas do clube para o ano de 2013 e, no embalo, renovando
as alegrias e orgulho da torcida tricolor que, sem dúvida, é a maior e melhor
torcida existente neste planeta, daquele que se foi e daquele que, por ventura,
um dia venha a existir.
É imperioso, é fundamental para o
futebol da Bahia e, lógico, para o próprio clube que ainda vive momento de
reconstrução, que começou pelo piso, mas ainda não chegou ao telhado, que o
time hoje, contra o Cruzeiro, marque pontos para ajudar a concretar o pau da
bandeira tricolor alguns metros além do solo duro e difícil do Brasileiro da
Série A.
Ninguém de sã consciência poderia
imaginar que o clube, depois de anos jogado na lata do lixo, incapaz de vencer
o ridículo Campeonato Baiano, destruído, metralhado, administrado por abnegados
amadores e aproveitadores conhecidos, poderia sair da lama diretamente para a
fama em apenas dois anos, em um misto de hipnose e mágica, só porque a paixão
pelo clube pede e o orgulho tricolor clama.
Honestamente, o lugar do Bahia é
na parte baixa da tabela, correndo atrás e tentando se segurar, ao tempo que se
fortalece, criando estrutura financeira para desapontar em alguns anos como
integrante fixo e natural da lista dos grandes clubes do futebol Brasileiro, ai
sim, inicia-se, abre-se a temporada dos sonhos, onde podemos incluir vaga para
libertadores e até em títulos e o que vier pela frente.
Por enquanto, a resistência, o
sofrimento parido de oito meses pela boca e coração, é o lema do Esporte Clube
Bahia para um projeto de longo prazo. E
por isto, empatar com Cruzeiro e vencer Náutico ou Ponte Preta ou ambos, vou
logo sair por ai dizendo que sou simbolicamente campeão brasileiro, claro, sem
taça ou troféu, mas com a fé e a esperança de quem sabe que outros dias virão
dentro do próprio Brasileiro da Série A.
O time que vai a campo hoje à
noite é praticamente o mesmo que venceu a Portuguesa no último Domingo, exceto
a entrada Fabinho no lugar de Diones, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Já
a torcida, sem desfalques, integralmente, levando fé e fazendo figa para um bom
resultado.
A derrota, ontem à noite, da
Portuguesa para o Botafogo-RJ proporcionou ao Bahia que, até com um simples
empate, possa abandonar a portaria do Z4, assim como abriu, também, uma grande
oportunidade para o Sport-PE, caso vença o Figueirense, se aproxime da
Portuguesa, criando o cenário ideal
onde o time pernambucano, junto com o Bahia, Vitória e Náutico, façam o
quarteto Nordestino na elite do Futebol Brasileiro, depois da era que o
arco-íris passou a ter multipla coloração.
Seria perfeito!