Bahia negocia mal com a Arena Fonte Nova

O Bahia como vamos demonstrar claramente para os leitores negociou seu contrato com a Arena Fonte Nova abaixo do que foi negociado entre o Náutico e a Arena Pernambuco. Os valores divulgados para o Bahia aderir ao plano de jogar na nova Arena Fonte Nova não custou nada para a OAS-Odebrecht, enquanto o Náutico negociou sua adesão a R$ 4,8 milhões em obras no CT do Timbu e R$ 1,5 mihões livres.

Observem que os percentuais de troca que variam da arrecadação de bilheteria também são superiores aos do tricolor, com o Timbu arrecadando ao final de 12 anos 90% da bilheteria. Enquanto o Bahia terá 65% de renda com até 50% da capacidade do estádio, o Timbu terá 67% dessa mesma capacidade, e ainda terá 15 mil ingressos para comercializar com 80% seus. 

Vejamos numa comparação com o Náutico e seu contrato e o mesmo consórcio que negociou com o Bahia: 

O Esquadrão levará R$ 9 milhões por ano. Valor pago em 12 vezes de R$ 750 mil. Estacionamento para o público, restaurantes, bares, camarotes e espaços de publicidade serão explorados apenas pelo consórcio. Quanto a divisão de bilheteria, caso o público seja de até 50% da capacidade do estádio, o Bahia fica com 65% da renda e o consório OAS e Odebrecht com 35%. Se o público for superior a 50%, o índice tricolor aumenta para 75% e se a torcida lotar o caldeirão, o clube leva 85% do valor arrecadado. 

Já o timbu, só na assinatura do contrato, recebeu R$ 1,5 milhão e ainda estão previstos R$ 4,8 milhões em obras no Centro de Treinamento, e na primeira divisão recebe R$ 500 mil mensais enquanto não fica pronta a Arena Pernambuco. Quanta a divisão da bilheteria. Nos primeiros 12 anos, a divisão de renda funcionará da seguinte forma: 67% desses bilhetes trocados com o torcedor será destinado para o Náutico. 33% para a Arena. O Timbu terá ainda direito de comercializar 15 mil bilhetes. Também no período de 12 anos, o Timbu ficará com 80% do valor comercializado e a Arena com 20. Depois disso, a divisão, tanto do Todos com a Nota e a venda por conta do Náutico, ficará: 90% para o Timbu e 10% para a Arena. 

PS.: Pessoal, é mais grave do que eu previa originalmente. O valor de R$ 750.000 reais é fixo dentro do valor de bilheteria! O Bahia só ganhará a mais se passar desse valor nas porcentagens acima mencionadas. O próprio Thiago Cintra confirma na matéria do Correio.

PS2.: Outro dado importante é que o Bahia não tem com o que barganhar, enquanto o Náutico tem o Estádio dos Aflitos.

PS3: O contrato com o Náutico tem uma duração de 30 anos, enquanto o do Bahia terá 5 anos.

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