Nem sempre vence o melhor. As vezes a sorte joga do lado de quem joga menos…
Antes de começar a partida brinquei no facebook: “Wellington Nem, Rafael Sobis, Fred. Tem ninguém machucado, não?”. Depois respondi a mim mesmo: “Porra ninhuma. Sou mais Hélder, Diones e Fahel”.
E lá fui eu pra PituAço, com ameaça de chuva e tudo mais. Consegui um ingresso das cadeiras, pois meu Torcedor Oficial do Bahia ficou em casa.
Chegando lá a festa já estava quase começando. Apita o juiz e o Bahia caiu pra cima da presa com gosto de gás. O Tricolor era tão superior que parecia que o Flu em campo era o de Feira, e não o do Rio. Quem foi ver Fred, viu Fahel. Wellington, Nem aparecia. E o Sobis não pegava na bola.
Aí começou a maré de azar. Hélder sai machucado e pela primeira vez em anos, lamentei a saída do volante tirado à meia. Fabinho entrou e o Bahia perdeu a velocidade na saída de bola. Mas continuávamos tão superiores ao time de Feir… digo, do Rio, que nem sentimos falta de Hélder.
O Bahia pressionava e Neto retou! Jogou muito, foi o melhor em campo e acertou o travessão numa cobrança de falta (quase) perfeita. O TricolAço entrava como queria na zaga fluminense, mas faltava um 9. Faltou Souza.
Fim de primeiro tempo e a Torcida aplaude o empate em zero.
Começa o segundo tempo e Elias dá lugar a Lulinha. Pensei comigo: se faltava um centroavante pra fazer a miséra do gol, pra que porra mais um atacante de beirada? Cadê o substituto do centroavante? Mas vamos que vamos.
O TricolAço continuava melhor, mas já mostrava sinais de cansaço. Até que o primeiro assalto do dia aconteceu. Lulinha tabela e entra livre na área, tira do juiz e broca. A Torcida fez tanta zuada que Lulinha não ouviu o apito errado do sacana do juiz.
Pouco depois, um lindo castigo pra gente. Uma bela jogada do lateral direito Bruno, do Fluminense, dá um banho de cuia de cabeça, um drible da vaca e acerta entre as pernas de Lomba.
A Torcida continuou incentivando, tava lindão o estádio. O time respondia, tentava, cruzava na área, mas tem dias que a bola se reta e não entra. Ao menos de um lado. Jogada de videogame em cima do já cansado Neto, cruzamento na área e Sobis pega sozinho na marca do pênalti e fuzila.
2 a 0 em casa e nem isso desanimava a galera. Que Torcida é essa?
Fim de jogo, Bahia perde a primeira em casa no segundo turno. E a Torcida? Aplaude o time de pé. Um reconhecimento ao esforço da equipe, que bem diferente daquele time apático do primeiro turno, lutou até o fim e foi superior ao líder do campeonato em todos os critérios. Menos um: chutes certo ao gol.
Bora Bahia Minha Porra! Faltou a miséra do gol, mas sobrou atitude e bom futebol. Jogamos muito, encaramos o líder, e perdemos para a nossa incompetência em finalizar bem. Vamos pra cima do Coxa e seja o que Jah quiser.
PS. Na volta, um sacana armado e numa moto ainda tentou me assaltar, na saída da padaria, já perto de casa. Mas corri mais que Lulinha, driblei o cara como fez o Bruno do Flu e sumi de uma vez, como fez o Fred durante toda a partida. E o pior, é que é verdade…