A diretoria do Bahia de Feira não ficou satisfeita com a medida adotada pela Federação Bahiana de Futebol (FBF), em conceder uma vaga na Copa São Paulo de Júniores, para a seleção de São Francisco do Conde. De acordo com o presidente do clube, Tiago Souza, a grande questão a cerca do assunto é: o porquê da FBF contemplar uma seleção amadora ao invés do time profissional.
O presidente da federação não cumpriu o que foi dito no arbitral do Campeonato Baiano 2012, onde a vaga seria do time do interior com a melhor colocação. O Tremendão perdeu a vaga para o selecionado de São Francisco do Conde e, até hoje, não teve uma definição jurídica. Houve o julgamento em primeira instância, o Fluminense não foi penalizado, mas não teve a vaga garantida. Foi dada entrada em um recurso, aconteceu um novo julgamento e o Bahia de Feira foi vencedor. O Fluminense recorreu e a questão juridicamente falando, continua em aberto.
A FBF, até então, não tinha proclamado o terceiro colocado no Campeonato Baiano Sub-20 e sem justificativa cedeu a vaga para São Francisco. A decisão irritou os dirigentes do Bahia de Feira.
“Ora, se vaga em questão é da FBF, entendemos que ela faz o que bem entender. O que se questiona é o critério utilizado, uma vez que São Francisco é uma seleção amadora e sequer participou do Campeonato Sub-20”, afirma Tiago Souza.
O presidente do clube disse que não houve o estabelecimento de critérios para a terceira vaga, por meio de regulamento, mas houve um acordo verbal. “No arbitral, o presidente Ednaldo Rodrigues (da FBF) disse que a terceira vaga seria para a melhor equipe do interior. Bom, se houve esta pendência, era melhor, ele pessoalmente decidir isso e não adotar esta medida, que com certeza desagrada não só a nós, mas o Fluminense e os demais clubes que tiveram despesas, disputaram em campo a competição”, alega o presidente.
A nível institucional, o Bahia de Feira, não irá adotar nenhuma medida. “Apenas queremos mostrar a Bahia esportiva a nossa indignação com esta situação, que desmotiva a qualquer trabalho. Repito a vaga é da FBF e ela faz o que bem entender, porém esta foi uma decisão que desagradou a nós dirigentes do Bahia de Feira ‘, declarou Tiago Souza.
ENTENDA O CASO
Houve uma grande confusão, que gerou a invasão de gramado, expulsão de jogadores e a decisão do terceiro lugar foi levada para a barra dos tribunais.
O jogo aconteceu no dia 5 de maio – no Estádio Jóia da Princesa – e era o segundo confronto válido pela decisão do terceiro lugar do Campeonato Baiano Sub-20. No primeiro jogo houve empate em 1 x 1 e, na segunda partida, o Fluminense vencia por 1 x 0, até que próximo do final do jogo, precisamente nos acréscimos houve uma jogada de ataque do Bahia de Feira e o lance resultou em uma falta dentro da área.
O árbitro José Osmar Rios assinalou a penalidade máxima, o que resultou em protestos por parte dejogadores e comissão técnica do Fluminense de Feira. Houve invasão de campo e muita confusão, o time do Fluminense ainda chegou a se retirar do gramado , o pior que acabou não acontecendo à cobrança da penalidade e a partida foi encerrada pelo árbitro Osmar Rios.
José Osmar Rios Macedo relatou o ocorrido na súmula, que foi enviada para o Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia.