Fair Play, uma Porra! BAHIAÇO 2×1 Figueira

A figueira caiu em PituAço. E agora já são 14 pontos em 18 disputados. “Nada mal pra um elenco velho e rachado”, como diria o site oficial do Esquadrão de Aço.

Que fase, essa do Bahia. Depois de passar o primeiro turno alternando entre maus e médios momentos, agora o sorriso Tricolor voltou a ser uma constante.

Confesso que fui pra PituAço meio tenso. Não pelo momento do time, mas pelos desfalques importantes que tínhamos. Sem o principal jogador, com a ausência de seu artilheiro e sem o meia titular, o time iria encarar um adversário chatíssimo e desesperado. Mas a tarde reservava boas surpresas.

Fui com meu pai e minha irmã pé-quente pra PituAço. Na chegada encontrei meu bróder Elsimar Alcantara que me disse: “cara, eu fiquei com medo de perder pra o Sport, aqui hoje a gente ganha”. A Torcida compareceu em bom número, festa, sol, cantoria. Era tudo que precisava para matar os catarinenses em campo. E foi um massacre.

O Bahia chutou 28 vezes contra as traves do goleiro Wilson (nome do jogo), o figueira só 10. O Tricolor roubou 16 bolas, jogando com uma raça admirável. O time deu carrinho, marcou forte, envolveu o Figueirense, e com exceção dos quinze minutos finais da primeira etapa, foi imensamente superior ao adversário. O número de passes errados, algo que beirava o absurdo na primeira fase da Série A, diminuiu muito.

Foram apenas 15 passes errados em 90 minutos. A zaga se comportou muito bem, os volantes travaram os avanços do figueira e só o ataque não inspirava confiança. Num blackout de 15 minutos, blitz catarinense que resultou no gol preto e branco. A zebra passeava em Pituaçu. Fim dos 45 minutos iniciais e o estádio se divide entre vaias e aplausos. Não acreditava no que estava assistindo. O time não conseguia finalizar certo, cercava muito, mas não furava ninguém. Um time arame-liso. Era o Bahia do primeiro turno queestava voltando? Não era possível.

De volta a campo, depois de uma sonora vai ao trio de arbitragem, a equipe veio pra massacrar a zebra catarinense. Jogando o tempo todo no campo do adversário, travando as tentativas de contra-ataques, ainda na linha de volantes, só dava Bahia. O gol era uma questão de tempo.

Lulinha, que sempre critiquei, entrou muito bem no jogo, no lugar de Rafael. Jones melhorou e passou a infernizar a zaga dos caras. Com os dois jogando, muitas vezes, como pontas o time imprensou o Figueirense em seu campo. Numa das boas subidas de Jussandro (porque improvisavam Hélder, com o cara na base?) a bola cruzou a grande área e achou Hélder. Era o empate. Depois do sem-pulo de Elias e de uma porrada da entrada da área de Jones, parecia queo empate seria inevitável.

Eis que numa jogada improvável, há 2 meses atrás, veio a virada. Jones arranca pela direita, toca pra Hélder que dá uma assistência genial de volta (e de primeira). Jones vence o zagueiro adversário, chega na frente, tromba com a zaga e com o goleiro e a bola sobra pra Pitbull. Goleiro no chão, bola no pé do atacante que ainda não tinha feito gol pelo Bahia. FairPlay uma porra. Pitbull toca suavemente e olha pra juiz e pra assistente. A miserável da bandeirinha corre pra o meio e “quenga” vira “princesa” pra Bamor. O juiz assinala o gol e a Torcida, depois de uns 2 segundos que pareceram horas, explode em PituAço. O Tricolor voltou.

Bora Baêa Minha Porra! Pra cima do Inter no Beira Rio. Um apena ter perdido Neto, mas teremos a volta de Souza e, com fé em Jah, a de Gabriel também. Mas como foi bom ver a disposição do time hoje. Em especial dos reservas e de Hélder (com um gol e uma assistência), melhor em campo dessa vez, pra voltar a queimar minha língua, novamente e felizmente. 😉

A recuperação continua. E assim como previ, a zona vaificando cada vez mais pra trás. Ótima notícia pra mim, que odeio falar de série b e outras divisões de acesso…

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