Apesar da fraca campanha e da enorme decepção do Bahia no atual Campeonato Brasileiro, o clube vive, ainda que desautorizado de grandes sonhos ou perspectivas promissoras, pelas péssimas partidas realizadas até agora, especialmente depois dos jogos contra o Portuguesa e Cruzeiro, que brecam e inibem até aquela velha fé de que, um dia, as coisas vão mudar, característica marcante em quase todos os torcedores, até mesmo nas piores situações.
MAS pode mudar, estamos tratando de futebol, além disso, o torcedor do Bahia, turma da qual me incluo com muito orgulho, entrou em um beco sem saída e não tem alternativa além de acreditar até à última rodada, e só jogar ou recolher os panos de pratos quando a ordem de despejo for lavrada em cartório público e publicada como manda a lei, no diário oficial da união impedindo, assim, qualquer outro recurso, fora os lamentos e as presepadas tracionais dos recém rebaixados, no segmento do futebol ou não.
Portanto, até agora nada mudou, quem é Série A, é Serie A, que é Série B, continua Série B, o resto é o exercício do pessimismo induzido pela péssima campanha de momento, indício de que pode acontecer ou não o pior, reforçado por aqueles que estão lá embaixo babando e remando olhando para cima, cultuando a saudade do Campeonato Brasileiro da Série A
A rodada de ontem até que ajudou. Palmeiras, Coritiba e Sport perderam, o Santos empatou, deixando a distância, que jamais foi oceânica, entre o Bahia e a praia praticamente intacta permitindo, assim, que levando em conta alguma sorte e o triunfo (difícil, sabemos contra o Ponte Preta), o time de Marcelo Guimarães, pai, tios e sobrinhos, que tem como “coadjuvante” uma imensa torcida, terá a chance de, novamente, tentar fugir da zona de rebaixamento, que é o primeiro passo para se acreditar de novo, em um resto de primeiro turno, enfrentando o Náutico em Recife e o Atlético-GO em Salvador, na rota da tão desejada recuperação.