O torcedor do Bahia e do Vitória conquistaram o direito de ir para o final da festa. Sim, vamos fazer uma festa, todos nós baianos, numa final emocionante como nunca antes se viu.
Bahia e Vitória como gigantes do futebol baiano voltam a se enfrentar em condições históricas de igualdade depois do tricolor passar no purgatório do futebol brasileiro e baiano durante mais de 10 anos. O Vitória ficou 44 anos sem ganhar um título, mas também é verdade que o torcedor do Vitória está mais satisfeito com as conquistas recentes do seu clube que o torcedor tricolor.
Chegou a hora então de um embate entre as forças que buscam uma redefinição da realidade do mundo dos fenômenos, ou melhor, a porra da vida em sua graça e verdade que nos seduz e encanta. BaxVi é por isso uma identidade do baiano com o sincretismo das cores e orixás que nos colocam no panteão do futebol como uma das maiores maravilhas do futebol brasileiro.
Aprendi a amar o BaxVi como amo meus filhos, são diferentes em aparências fugazes, mas são meus filhos enquanto essência.Quero festejar com todos vocês as alegrias e os demônios que podemos elevar ao quadrado ou fazer morrer os sonhos. Esse BaxVi tem que recuperar a auto-estima do baiano como o BaxVi da paz; uma BaxVi para reencontrarmos nossos familiares torcedores do Bahia e Vitória que estarão ali pertinho, vizinhos nossos, irmanados para celebrar uma festa que todo o povo da Bahia foi convidado.
Somos um só, apesar das aparências. Acreditamos no futebol porque ele nos iguala em condições de oportunidade de sermos felizes com coisas simples e fundamentais. Nossos pais maravilhados com as opções em que nos formamos Bahia e Vitória, nossos filhos com suas novas percepções, hoje suplantadas até pelo espaço/tempo por causa da internet e a velocidade da informação e transporte, para sermos abençoados com essas maravilhas que grandes homens sonharam.Vamos portanto dignificar o BaxVi, alegrem-se! Pois o encanto e a magia voltaram ao BaxVi.
Bela homenagem de um torcedor, Fernando Caldas, tricolor na canção abaixo. Viva o frevo!