No futebol a intolerância é parte integrante do jogo. O torcedor, além de vencer o adversário de goleada, quer também pular em cima para observar seus últimos suspiros. Não basta vencer, é preciso jogar bem, não basta liderar, o negócio é sempre ganhar, ganhou 10, perdeu uma, já não presta e é preciso mudar, o que se diz ontem, nunca vale para hoje.
É o futebol, talvez por isto encante a todos e mobilize meio mundo de pessoas. Foi asssim com o Vitória, recentemente, quando vaiado mesmo vencendo o jogo e liderando o Campeonato Baiano com sobra e observando o segundo concorrente à base de binóculos. Foi igualmente com o Bahia, líder do seu grupo, ontem, em Feira de Santana, quando perdeu para o Bahia de lá, e será assim até o mundo acabar.
O técnico Vagner Benazzi em matéria do Jornal A Tarde, reclama do que chamo de “intolerância.” No passado, o Márcio Araújo não reclamou, mas confessou em entrevista, após deixar o Bahia, que se assustou da pressão exercida sobre o técnico no Estádio de Pituaçu. Confira.
Após ouvir as “cornetadas” da torcida do Bahia na derrota em Feira de Santana para o Bahia de Feira por 1 a 0 no último domingo, 3, o técnico Vágner Benazzi tornou a exaltar o trabalho que fez até então. “Ouvi muitas ofensas aqui, mas elas não me atingem. Tenho 25 anos de carreira e muitos títulos. Pega o meu currículo e vê o que eu conquistei! Sei que o time tem uma situação para resolver e eu vou resolver, pode ter certeza disso”, bradou.
E continuou: “Fizemos uma partida ruim, mas temos que valorizar os 11 jogos que a equipe tinha sem perder”. Segundo o treinador, o grande problema do seu time está na linha de frente. “Não estamos tendo agressividade para chegar para a conclusão. Estou tendo um trabalho muito grande para isso. Venho tentando colocar o Zezinho, mas não sei se é a solução”, lamentou. Siga o Blog no Twitter: http://twitter.com/bfutebolbahiano