Verdadeiro Conto-do-Vigário

Novamente as promessas do deputado que dirige o Bahia entram em pauta, e são destaque na imprensa escrita, desta vez, é o Jornal da Metrópoles que inumera o que foi prometido e o que efetivamente foi realizado. Na área do futebol, aquela que atinge diretamente o juízo ao torcedor comum, nada mudou. O deputado é bi-vice campeão baiano, assim como Petrônio Barradas, com um agravante, Petrônio, não tinha o que comer ou beber e, sobretudo, onde jogar na luta para o acesso à Serie A; novo fracasso, lutámos para não cair, até à penúltima rodada, enquanto Barradas, sem promessas ou festejos, nasceu e morreu no meado da tabela. Confira:


“NÃO AGUENTO MAIS CHEGAR EM CASA e ter que mentir para meu filho sobre o resultado do Bahia”. Este foi um dos argumentos utilizados pelo deputado federal Marcelo Guimarães Filho (PMDB) para aceitar o convite para ser candidato a presidente do clube. À época, o dirigente colocou a conquista de um título como o objetivo principal. Mas, dois campeonatos baianos, duas copas do Brasil e uma Série B depois, nada mudou no Fazendão.

A lista de possíveis realizações com prenúncio de dias melhores no Fazendão ficou na gaveta, e do documento intitulado “Plano de Governo – Chapa Renovação Tricolor”, muito pouco foi colocado em prática. Apenas a reformulação no departamento jurídico, a contratação de uma empresa para gerir o futebol (com o fracasso de Paulo Carneiro em 2009), os entendimentos com o Banco Opportunity para encerrar as atividades do Bahia S/A e a reestruturação das divisões de base foram realizados. “Muito mais por competência de Newton Mota”, brada Leandro Fernandes, membro do grupo oposicionista Revolução Tricolor.

Reforma no estatuto emperrada

Dentre as propostas apresentadas no final de 2008, talvez a mais esperada pela torcida tricolor é a modernização do estatuto do clube. O novo texto, com eleições nem tão diretas assim, foi aprovado pelo conselho deliberativo e precisa do referendo da assembleia geral. Na última reunião de sócios, os membros da oposição tentaram discutir ponto por ponto do estatuto. Uma discussão foi armada e a assembleia suspensa. Ainda não foi definido quando o documento voltará a ser apreciado pelos mais interessados em sua mudança, os sócios.

Sem resposta

Acima da assinatura do presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, no documento de candidatura está escrito que a cada seis meses o conselho será convocado para prestação de contas do plano de governo. “Até hoje espero a primeira convocação”, desabafa um conselheiro oposicionista que preferiu não se identificar. O dirigente foi procurado pela reportagem do Jornal da Metrópole, mas não atendeu as ligações.

Programa de sócios

Desde o início do ano, quando foi suspenso o programa Bora Bahêa, a diretoria promete o lançamento de um efetivo programa de sócios. A definição dos benefícios depende da mudança do estatuto, e, mesmo sabendo disso, o presidente, quando questiona do sobre o projeto, limita-se a dizer que em breve ele será lançado.

Já sem confiança na promessa, os grupos de oposição tentam conscientizar a torcida a se associar, podendo ter o direito de voto, e partem para a ameaça no campo eleitoral: “Torcedor também tem título de eleitor” e “Não voto pra presidente, não voto pra deputado” são algumas das faixas espalhadas em Pituaçu nos dias de jogos do Bahia.

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