Ao refletir sobre as reais perspectivas do Esporte Clube Bahia no Campeonato Brasileiro da série B, me transportei a um belíssimo lugar na Bahia chamado Chapada Diamantina. Nas suas famosas trilhas, que terminam em lugares paradisíacos, é possível identificar o que Deus representa para esse planeta fantástico que vivemos. É possível se sentir vivo e forte, além de ter muita esperança em busca dos sucessos da vida.
Mas o que isso tudo tem a ver com o Bahia e a série B? Simples, vou explicar. Na primeira vez que fui na Chapada Diamantina, com meu espírito jovial, que gosta de muitas aventuras, decidi me arriscar nas trilhas, sem qualquer orientação de um guia, apenas com uma mochila nas costas, algumas frutas, água e muita coragem. Eu estava na companhia de dois amigos, e buscávamos identificar as pistas que as trilhas nos deixavam, de que aqueles eram os caminhos corretos para encontrarmos a cachoeira que procurávamos. O resultado é que nos perdemos no meio do caminho e sofremos muito para acharmos a trilha que nos levaria de volta à cidade e à pousada que estávamos hospedados.
Ao analisar essa situação, pensei que o Bahia durante os últimos anos, foi um time que se aventurou por caminhos que o levou a ficar perdido nas suas pífias campanhas realizadas na série B, de forma que sempre terminamos os campeonatos de cabeça baixa e frustrados por gastar tanta energia sem chegar a lugar nenhum. Enquanto isso, os times que preferiram investir nos chamados guias, tiveram êxito e alcançaram o paraíso, a elite do futebol brasileiro. Não estou aqui dizendo que se perder numa trilha não seja algo interessante. Ao contrário, às vezes se perder na trilha pode ser muito bom, principalmente para quem é jovem e precisa ganhar experiência a cerca das coisas. Mas definitivamente, chega um momento em que, buscar um lugar sem encontrar, pode ser bastante desagradável e acabar com a paciência de qualquer um.
Hoje, o Bahia entra em campo em busca de seus primeiros passos para o retorno à série A do Brasileirão. Será que dessa vez o Bahia vai encontrar a trilha certa? Será que os investimentos feitos, ou por fazer, suprirão as necessidades para o alcance do objetivo maior do clube? É o que vamos aguardar ansiosamente, esperando que no fim do ano possamos nos deliciar em uma bela cachoeira, com uma cervejinha gelada e um churrasquinho, com um brilho no sorriso que denunciem o nosso sucesso.