Pois não é que os americanos do outro lado aprenderam jogar bola, e como! Logo que os Times se posicionaram em campo aguardando o apito inicial, fiz uma observação com os que me acompanhavam defronte a telinha, disse: Parecem futebol de menino, dois amontoados de cada lado, ninguém guarda posição, outro comentou: É a força do preparo físico todos estão em todos os lugares sempre, pois é, foi que aconteceu principalmente do lado dele. Os caras estão todos onde a bola estiver. Na verdade eles fazem dois blocos, um de zaga e outro de proteção à zaga.
Outra coisa que chama a atenção no futebol deles são as práticas de fundamentos. O pessoal das divisões de base, devem ter se deliciado com as nuances amostradas, quem assiste treinamento dessas divisões inferiores vai observar essas ações repetitivas. No segundo gol deles, por exemplo, o contra ataque com dois contra dois, eles foram perfeitos na conclusão o que demonstrou um desempenho muito grande nesse tipo de aproveitamento, pois foi essa a única oportunidade nesse fundamento e eles não desperdiçaram, marcaram.
Durante o intervalo já previa que o Brasil, se quisesse ter melhor sorte nessa partida teria que ser diferente, ou seja, a disposição tática continuava a ser importante, mas o mais importante do que isso seria a individualidade inesperada para fazer a diferença. Bem não esgotamos nossos argumentos na torcida do intervalo, assim que foi dada o reinicio do jogo, uma jogada de ataque brasileiro, eles muito bem dispostos taticamente, mas a individualidade brasileira falou mais alto, Luis Fabiano recebeu na entrada da área, fez o giro e foi muito feliz tirando completamente do alcance do goleiro americano. É aquela história, para desmanchar uma disposição tática perfeita só a individualidade pode resolver. Como resolveu!
Depois do primeiro gol o Brasil melhorou bastante, começou a apertar e até fez um gol aos dezesseis minutos que poderia ser logo o empate desestressante àquela altura, mas o lance foi muito difícil e o auxiliar não confirmou que a bola ultrapassou a meta. Depois dessa falha de arbitragem os americanos voltaram a crescer na partida e exigiram de Júlio Cesar duas defesas muito boas.
Vendo que não poderiam seguir lamentando o leite derramado o Brasil procurou esquecer a falha do Juiz e lançou-se ao ataque. A equipe americana já não conseguia manter a postura tática inicial, começava a se curvar lance a lance ao melhor futebol dos brasileiros cedendo o empate em lance de muita disputa.
Com dois a dois a certeza de vencer a partida parece ter-se apoderado de vez. O futebol do Brasil ficou vistoso e o deles desesperador, tanto assim que o gol da vitória brasileira veio de uma falha de disposição tática deles que com tantos grandalhões na área deixaram o guerreiro Lúcio chegar mais alto e botar para o fundo das redes. Daí pra frente foi só administrar, fazer a bola rolar até a conclusão da partida que confirmou o Brasil Campeão da Copa das Confederações mais uma vez.
Veio à hora das premiações, Lúcio garbosamente levantou a taça de campeão da competição, nada mais justo para o capitão, um gigante em todos os sentidos, muita raça e técnica apurada como zagueiro e digo isso baseado não só na empolgação da vitória não, digo e lembro-me do passe magistral que Lúcio deu num corredor da defesa americana, oportunidade que Luís Fabiano só não marcou por conta de mais uma excelente intervenção do goleiro americano.
Agora o Brasil é o maior campeão nas duas competições oficiais de futebol profissional da Fifa: cinco Copas do Mundo e três Copa das Confederações.