O Bahia tem dois grupos: os bons e os maus?

“Sem medo de ser feliz” já foi uma clichê de propaganda política. Agora, sem as inconveniências de futuramente sermos objeto de uma CPI por relações com o governo petista de ocasião, reutilizamos esse bordão para o glorioso E.C.Bahia. Se nosso presidente Marcelo Guimarães Filho e o nosso querido diretor de futebol Paulo Carneiro estão em alta com a torcida e sem medo de serem felizes, não podemos dizer o mesmo de nosso time de reservas. Parece até que nosso time reserva se sente absoluto como Luís XVI, rei francês guilhotinado, que se sentia protegido das suas atuações e competência nos jogos em que seu futuro estava sendo traçado.

Essa indolência e falta de vontade de colaborar com o grupo do time reserva do esquadrão pode ser resultado de duas coisas: alguns já se sentiam donos das vagas em virtude de serem pratas da casa, por isso estão insatisfeitos e querem jogar em outro clube, como pode ser também essa apatia do time reserva uma reação a alguns protegidos do técnico do Bahia que chegaram para serem titulares absolutos.

Os valores da casa que se notabilizaram na série “B” do ano passado perderam a motivação para jogar no Bahia, isto para mim está claro. Seja o que for a nossa “bastilha” precisa ser derrubada, essa prisão moral e divisão entre reservas e titulares também não pode ser estimulada por nosso treinador com declarações que intensifiquem as difenças no elenco do tricolor.

O Bahia precisa eliminar essas diferenças internas e desmistificar para os mais novos que haverá lugar no time principal para quem não tem medo de ser feliz – usando o bordão da introdução do texto. Alguém já disse que o homem são as suas circunstâncias; por isso se o time principal projetar o clube todos ganham, não haverá perdas para nenhum jogador. Quanto pior os resultados em campo, serão piores também as consequencias para todos. No Bahia, mais do que nunca é válida a afirmação: um por todos e todos por um. Ideário da revolução francesa romanceada nos idéais de: liberdade, igualdade e fraternidade precisam ser esculpidos no coração do elenco do Bahia, para assim nossos guerreiros possam bradar: um por todos e todos por um!

Maurício Guimarães

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